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Sindicalismo e a sua importância social

A palavra “sindicato” tem raízes antigas, originando-se do latim sindicus, que significava um procurador responsável por defender os direitos de uma corporação. No grego antigo, syn-dicos designava alguém que luta pela justiça. Posteriormente, o termo foi adotado pelo francês como syndic, representando um líder comunitário, e assim chegou ao português.

Historicamente, a organização sindical enfrentou grande repressão. Em muitos países, sua existência foi clandestina e seus líderes perseguidos com punições severas, incluindo pena de morte. No Brasil, a legalização dos sindicatos ocorreu gradualmente, mas até hoje, para existir formalmente, um sindicato precisa ser homologado pelo Ministério do Trabalho.

A luta sindical foi essencial para garantir direitos trabalhistas fundamentais, como o 13º salário e as férias remuneradas. Entretanto, manifestações e greves sempre encontraram forte resistência e foram reprimidas com violência. Atualmente, políticas ultraliberais ao redor do mundo atacam direitos trabalhistas e o estado de bem-estar social, promovendo formas de trabalho precarizadas, como a uberização e a pejotização. Nesse contexto, o sindicato se tornou um alvo de oposição por parte de setores que buscam enfraquecer a proteção aos trabalhadores.

No caso dos funcionários públicos, há um imaginário popular que os retrata como profissionais altamente remunerados e pouco produtivos. Essa visão distorcida fortalece políticas de terceirização e privatização dos serviços públicos. Em governos ultraliberais, como o de Donald Trump nos Estados Unidos, houve cortes massivos no funcionalismo público, impactando diretamente os aposentados, que passaram a sofrer com o atendimento precário. Na Argentina, o presidente Javier Milei segue uma estratégia similar, com apoio de setores da população que desconhecem a relevância dos servidores públicos.

Embora os funcionários públicos não recebam salários baixos, sua seleção ocorre por meio de concursos públicos extremamente concorridos. Hoje, mais do que nunca, esses profissionais precisam se unir e lutar para garantir direitos fundamentais, como a aplicação do piso salarial. Professores, por exemplo, defendem a revisão do plano de carreira do magistério, tornando essa uma de suas principais bandeiras de luta.

Influência ultraliberal

Diante desse cenário, a resistência sindical e a valorização dos servidores públicos são essenciais para a manutenção dos direitos trabalhistas e da qualidade dos serviços prestados à população. Como já dizia o famoso lema: “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”

As políticas ultraliberais impactam os direitos dos trabalhadores de diversas formas, geralmente promovendo a flexibilização das leis trabalhistas e a redução da proteção social. Aqui estão alguns dos principais efeitos:

  • Precarização do trabalho: Reformas ultraliberais frequentemente incentivam modalidades de trabalho mais instáveis, como contratos temporários, terceirização irrestrita e trabalho intermitente. Isso reduz a segurança do trabalhador e dificulta o acesso a benefícios como férias remuneradas e seguro-desemprego.
  • Enfraquecimento dos sindicatos: A desregulamentação trabalhista pode limitar o poder de negociação dos sindicatos, dificultando a organização dos trabalhadores e a luta por melhores condições de trabalho.
  • Redução de direitos sociais: Em muitos casos, essas políticas promovem cortes em programas de bem-estar social, afetando aposentadorias, assistência médica e outros benefícios essenciais para os trabalhadores.
  • Aumento da desigualdade: Com menos proteção e garantias, os trabalhadores ficam mais vulneráveis à exploração, enquanto grandes empresas e investidores se beneficiam da redução de custos com mão de obra.

Esses impactos podem ser observados em países que adotaram reformas ultraliberais, como Brasil, Estados Unidos e Argentina, onde houve aumento da informalidade e dificuldades para os trabalhadores garantirem seus direitos.

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