A Associação Nacional das Magistradas e dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) lançou a Cartilha sobre Violência Doméstica, um documento que busca fortalecer a conscientização e a rede de combate à violência contra a mulher no Brasil. O material, desenvolvido pela Comissão Anamatra Mulheres, foi inspirado em eventos da entidade e se alinha ao protocolo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o tema.
A presidente da Anamatra, Luciana Conforti, destacou que a Cartilha é fruto de uma construção coletiva e tem como objetivo mostrar que a violência doméstica pode atingir mulheres de qualquer classe social, profissão ou cargo. “A ideia foi criar um documento de contribuição para a rede de combate à violência contra a mulher”, afirmou.
A diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Anamatra, Patrícia San’Anna, ressaltou que a Cartilha é um instrumento de acolhimento, denúncia e letramento, reforçando o compromisso da entidade com a proteção das vítimas. O material contou com a colaboração da Insight Data Science Lab, da Universidade Federal do Ceará (UFC), agregando conhecimento técnico ao projeto.
Durante o evento de lançamento, a conselheira do CNJ, Daiane Nogueira de Lira, alertou para o preocupante cenário da violência doméstica no país, citando os 1,3 milhão de processos em tramitação e os mais de 12 mil casos de feminicídio registrados. “Não é só um movimento, é uma luta contra um estado de emergência”, enfatizou.
A publicação reforça o compromisso da Anamatra com a cidadania e os direitos humanos, destacando a urgência da luta contra a violência de gênero e o papel fundamental da Justiça e da sociedade na proteção das vítimas.
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