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Sindehotéis tem que decidir por trabalhador ausente nas convenções

De acordo com José Petri, presidente do Sindehotéis de Curitiba, as negociações entre patrões e empregados têm sido ágeis e tranquilas, sem grandes impasses nos últimos anos em Curitiba, PR e Região.

No setor hoteleiro da capital paranaense obedece um padrão já consolidado entre sindicatos. Tudo começa com a produção do edital de convocação e a marcação da Assembleia, espaço onde os trabalhadores discutem e definem as pautas de reivindicações, posteriormente encaminhadas ao setor patronal.

A participação ativa dos trabalhadores é essencial para fortalecer o processo, mas ainda há certa resistência nesse envolvimento. Petri destaca que muitos preferem delegar essa responsabilidade a terceiros, o que pode limitar o alcance das reivindicações. Para ele, comparecer às Assembleias e expressar opiniões é a maneira mais eficaz de influenciar positivamente as negociações.

Quando surgem propostas patronais que possam prejudicar os trabalhadores, a postura do sindicato é clara: rejeitá-las sem hesitação. Felizmente, segundo Petri, não tem sido necessário tomar medidas drásticas, pois os empresários do setor estão cada vez mais atentos às mudanças na dinâmica do mercado de trabalho. Ele observa que um dos desafios enfrentados atualmente é a nova geração de profissionais, que valoriza cada vez mais a qualidade de vida e busca condições que permitam finais de semana livres.

Muito diálogo

A estratégia central do sindicato para garantir melhores condições tem sido o diálogo bem estruturado. Com negociações que acontecem antes mesmo da data oficial da convenção, há espaço para costurar acordos que sejam vantajosos para ambas as partes. A abertura dos empregadores para o diálogo também contribui para resultados satisfatórios. O número de associados ao Sindehotéis saltou de 400, em 2019, para 10 mil atualmente – “um crescimento expressivo que fortalece ainda mais o poder de negociação da entidade.”

Além disso, o sindicato tem trabalhado para garantir benefícios que não sejam impactados pelos impostos sobre a folha salarial, como vale-refeição e vale-mercado. Outro avanço importante tem sido a flexibilização das escalas de trabalho, com novos modelos que possibilitam a contratação de mais mão de obra. “Hoje, já há 450 empresas que aderiram aos novos acordos, o que demonstra um esforço conjunto entre trabalhadores e empregadores para atender às novas demandas do setor.”

Para Petri, o sucesso das negociações não se resume a arrecadação, mas sim à entrega de benefícios concretos para os trabalhadores e à construção de um ambiente de trabalho mais equilibrado. “O compromisso com essa estratégia reforça a credibilidade do sindicato e abre portas para futuras melhorias na convenção coletiva.”

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