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Moacyr defende mobilização sindical pela sustentabilidade climática

“O tempo de agir é agora. E nós, do movimento sindical, estamos prontos para fazer a nossa parte”, discursou o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald que participou da Cúpula Sindical Pré COP30, onde o tema foi “Trabalho Decente na Crise Climática”.

A Cúpula foi organizada pela ICM Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira e demais organizações sindicais nacionais e internacionais, com representantes de diversos setores e organizações.

Para Moacyr, a cúpula foi uma oportunidade única para fortalecer alianças e ampliar o impacto coletivo.

Na COP30, que será em novembro em Belém do Pará, serão discutidos temas como a justiça climática, a transição justa para uma economia sustentável, a proteção dos trabalhadores que estão diretamente afetados pelas mudanças climáticas, e as políticas públicas necessárias para garantir que as soluções ambientais também promovam a equidade social e econômica.

Também será uma oportunidade para fortalecer a mobilização sindical em torno da sustentabilidade e do desenvolvimento de políticas públicas que integrem as preocupações com o meio ambiente e os direitos trabalhistas.

A Cúpula Sindical pretende estabelecer um compromisso coletivo para que as demandas dos trabalhadores sejam ouvidas e consideradas nas negociações internacionais, como é caso da COP30.

Moacyr defendeu que “o movimento sindical tem um papel crucial nessa agenda. Não há transição justa sem trabalhadores e trabalhadoras. Não há futuro sustentável sem trabalho decente. E não há desenvolvimento sem justiça social. Por isso, estamos aqui para garantir que a voz dos trabalhadores seja ouvida e respeitada nas negociações climáticas globais.”

O presidente da Nova Central destacou: “Este encontro não poderia acontecer em um momento mais oportuno. Estamos diante de uma crise climática sem precedentes, e o Brasil, como país-sede da COP30, tem a responsabilidade de liderar esse debate com seriedade, compromisso e senso de urgência. Em 2023, a perda total de floresta primária tropical foi de 3,7 milhões de hectares, o equivalente à perda de quase 10 campos de futebol por minuto. Toda essa perda florestal produziu 2,4 gigatoneladas (Gt) de emissões de dióxido de carbono no mesmo ano, o equivalente a quase metade das emissões anuais de combustíveis fósseis dos Estados Unidos. Os incêndios estão desempenhando um papel cada vez mais importante na perda dessas florestas tropicais, que antes eram quase imunes ao fogo. Muitos desses incêndios são provocados criminosamente para abrir espaço para a pecuária e a agricultura.”

Moacyr ressaltou também que “a transição energética e o combate ao desmatamento não podem ser apenas pautas ambientais. Precisam ser compromissos que garantam oportunidades reais de trabalho e proteção social para aqueles que constroem e movem este país. A promoção do trabalho decente na Amazônia e em outras florestas tropicais deve ser uma prioridade, não apenas para frear a degradação ambiental, mas para criar um modelo econômico que beneficie quem mais precisa.”

Ao final de sua fala lembrou: “Precisamos também discutir soluções concretas para a adaptação climática e a geração de empregos verdes, seguros e sindicalizados. A restauração de florestas nativas, a transição energética e a construção sustentável devem ser setores-chave nessa mudança. O estresse térmico e os eventos climáticos extremos já impactam profundamente a vida dos trabalhadores, e é fundamental que incluamos suas demandas e direitos nas negociações com os empregadores e com o governo.”

Fonte: Ascom NCST por Leidi Silveira

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