Na noite de 2 de dezembro de 2025, a Nova Central Sindical viveu um momento histórico: a solenidade de posse da nova diretoria para o quadriênio 2025-2029 marcou a transição da presidência de Moacyr Auersvald Tesch para Sônia Maria Zerino da Silva, primeira mulher a ocupar o cargo máximo da entidade. O evento reuniu autoridades políticas, lideranças sindicais e militantes, em um clima de emoção e reconhecimento.
“Cofre vazio”
Em sua fala, Moacyr destacou o simbolismo da entrega da “chave” da central, não como um cofre vazio, mas como uma casa que agora passa a ser conduzida por novas mãos. Em tom afetuoso, dirigiu-se à neta Luana e à juventude brasileira:
“O futuro do Brasil, eu cumprimento também a neta, Luana. Que vai cabear você, Luana, e a tua geração a cuidar de todos nós, dentro de pouco tempo.”
Moacyr encerrou seu discurso com bênçãos e votos de proteção divina, reforçando a ideia de continuidade e esperança:
“Saravá, irmão! Que Deus abençoe! A paz do senhor!”
Sua gestão foi lembrada como um período de resistência, em que, mesmo diante de poucos recursos, manteve viva a chama do sindicalismo, como destacou Sônia em sua fala: “O senhor é como aquela tocha simbólica que não deixa a chama apagar”.
Pioneirismo
Assumindo a presidência, Sônia ressaltou a importância histórica de ser a primeira mulher a liderar a Nova Central. Emocionada, lembrou o pioneirismo das mulheres do Rio Grande do Norte, berço do primeiro voto feminino no Brasil, e afirmou:
“Lugar de mulher é onde ela quiser. Inclusive na área de luta das lutas sindicais e sociais.”
Sônia reforçou que sua chegada ao cargo não é um ponto de chegada, mas de partida, para que outras mulheres possam sonhar e ocupar espaços de poder. Seu discurso também abordou os desafios contemporâneos da classe trabalhadora, como a precarização das relações de trabalho, a ameaça da reforma administrativa e a necessidade de fortalecer a unicidade sindical.
“Quero uma nova central que olhe para o futuro, sem abandonar nossas raízes. Uma central que una experiências e renovações, sustentabilidade ambiental e social. Uma central que incorpore a tecnologia e a inteligência artificial como referência em suas hostes.
Líder feminina
A posse de Sônia representa um marco no sindicalismo brasileiro, que completa 20 anos de existência da Nova Central. Sua fala revigora os compromissos com igualdade salarial, combate ao assédio, valorização da maternidade e paternidade, além da defesa dos aposentados e da juventude trabalhadora.
Ao mesmo tempo, o reconhecimento ao trabalho de Moacyr reforça a ideia de continuidade e respeito às lideranças que mantiveram viva a luta sindical. A passagem de comando foi marcada por emoção, simbolismo e esperança em um sindicalismo mais plural, justo e inclusivo.
O evento não apenas celebrou uma transição de liderança, mas também projetou um futuro em que o sindicalismo brasileiro se abre para novas vozes e perspectivas. Como resumiu Sônia em sua fala final:
“O sindicalismo do futuro será plural, será justo e será inclusivo. Ou não será.”
Fonte: Ascom NCST





