O 13 de maio de 1888 marcou a assinatura da Lei Áurea, que aboliu oficialmente a escravidão no Brasil. No entanto, a abolição não foi acompanhada de medidas que garantissem a inclusão dos ex-escravizados na sociedade, perpetuando desigualdades que ainda hoje impactam a população negra.
Não Efetivo
Embora a Lei Áurea tenha sido um avanço jurídico, ela não trouxe políticas de reparação ou suporte para os libertos. Sem acesso à terra, educação ou oportunidades de trabalho dignas, muitos ex-escravizados foram marginalizados, forçados a viver em condições precárias e a aceitar trabalhos informais e mal remunerados.
Racismo
A falta de políticas públicas pós-abolição contribuiu para a manutenção do racismo estrutural no Brasil. A população negra continuou sendo excluída dos espaços de poder, enfrentando dificuldades no acesso à educação, saúde e mercado de trabalho. Essa realidade reforça a ideia de que a abolição foi mais um ato simbólico do que uma transformação social efetiva.
Ressignificação
Atualmente, o 13 de maio é visto por muitos como uma data de reflexão sobre a luta negra e a necessidade de reparação histórica. Movimentos sociais defendem que o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, representa melhor a resistência e protagonismo dos negros na busca por liberdade e igualdade.
O presidente da Contratuh, Wilson Pereira, classificou que “A abolição não foi o fim da escravidão, mas o início de uma luta que ainda exige igualdade, justiça e respeito para que a dignidade social seja uma realidade para todos.”
A escravidão no Brasil, ainda no século XXI é uma realidade, mesmo ilegal e imoral. O trabalho análogo à escravidão, traz situações de exploração onde não é possível negar ou sair. Isso é realidade em todos os cantos do Brasil. O País está no 11º lugar no ranking mundial de países com mais vítimas de escravidão moderna, com cerca de 1,05 milhões de pessoas em situação de escravidão.
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