Números sobre a eficácia acima de 95% ainda não foram detalhados, mas já se sabe que até esta terça-feira (24), nenhum evento adverso inesperado havia sido registrado pelas equipes de pesquisadores, a não ser dores no ponto da injeção e sintomas semelhantes aos de gripe, como febre e fraqueza.
De qualquer forma, afirmar uma eficácia com esta porcentagem significa que mais de 95% das pessoas que tomam a vacina ficam imunizadas contra a doença.
Sete dias após a aplicação da segunda dose, ou seja, 28 dias após a primeira, a eficácia vista foi de 91,4%. Para a análise, foram considerados dados de 18.794 voluntários vacinados. Deste total, 14.095 pessoas receberam ambas as doses, sendo que as outras 4.699 receberam apenas placebo. Desta maneira, entre os vacinados, houve a incidência de oito casos da doença, sete dias após a aplicação da segunda dose. Já entre os não vacinados, houve 31 infecções por Covid-19 no mesmo período.
Cabe destacar que a Rússia possui capacidade de produzir um bilhão de doses, o que, neste caso, seria o suficiente para imunizar 500 milhões de pessoas com duas doses para cada. Em relação à logística de armazenamento, a Sputnik-V assemelha-se à vacina de Oxford, que precisa ficar exposta a uma temperatura de 2°C a 8°C. Este ponto é uma vantagem sobre a dose que está sendo desenvolvida pela Pfizer, que necessita ser armazenada a -70ºC durante o transporte, e da Moderna, que precisa ficar a -20ºC.
Covid-19 na Rússia
Os 95% de eficácia foram anunciados pela Rússia em mais um dia que o país bateu recorde de casos diários da Covid-19. Foram mais de 24 mil novas infecções em 24 horas. Ao todo, o país registrou 2.138.828 casos desde o início da pandemia, e 37.031 mortes, tonando-se o quinto maior número da Europa.
Fonte: G1