Filiado a:

“Não há lógica em que as mulheres ganhem menos”, diz Luiz Marinho

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que não há justificativa lógica para que mulheres ganhem menos que homens no exercício das mesmas funções, atribuindo essa desigualdade a um processo discriminatório.

A declaração foi durante um evento em Brasília, de apresentação de dados recentes, incluindo o Relatório de Transparência Salarial e de Igualdade, que revelou que, em média, as mulheres ainda recebem 20,9% menos do que os homens. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou que as mulheres negras são as mais afetadas pela desigualdade, apesar do aumento na participação feminina no mercado de trabalho.

A Lei da Igualdade Salarial, sancionada em 2023, determina que empresas com mais de 100 funcionários implementem medidas para garantir remuneração equitativa. A matéria também menciona o Movimento pela Igualdade no Trabalho, que busca adesão de empresas e sindicatos para fortalecer a equidade salarial.

A desigualdade salarial entre homens e mulheres se manifesta de forma mais intensa em alguns setores específicos, como:

  • Cargos de liderança: Apesar de um aumento na presença feminina, as mulheres ainda são minoria em posições de diretoria e gerência, com salários inferiores aos de seus colegas homens.
  • Setores tradicionalmente masculinos: Áreas onde a tecnologia e as finanças tendem a ter uma disparidade salarial maior devido à menor representação feminina e à perpetuação de estereótipos de gênero.
  • Trabalho informal: Mulheres são mais afetadas pela informalidade, o que significa menos benefícios, menor estabilidade e, consequentemente, salários mais baixos.
  • Recorte étnico-racial: Mulheres negras enfrentam desafios ainda maiores, recebendo, em média, menos do que mulheres brancas e muito menos do que homens brancos.

Para corrigir essa desigualdade, algumas ações fundamentais incluem:

  • Implementação efetiva da Lei da Igualdade Salarial, garantindo que empresas realizem auditorias salariais e promovam transparência na remuneração.
  • Fortalecimento de programas de diversidade e inclusão, incentivando a equidade nas contratações e promoções dentro das empresas.
  • Ampliação do acesso à educação e capacitação, especialmente em áreas de maior disparidade, como tecnologia e ciência.
  • Fiscalização rigorosa e punição para empresas que descumprirem normas de igualdade salarial, para que a mudança ocorra de forma mais rápida e concreta.

Fonte: Ascom MTE e foto de Matheus Itacarambi

……..

O que achou da matéria? Comente em nossas redes sociais.