Entidades sindicais de trabalhadores da alimentação mantém viva a Campanha Nacional dos Trabalhadores da Alimentação – Fim da Escala 6×1, Com Redução da Jornada, Sem Redução de Salário.
A iniciativa conta com a participação da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA), Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (CONTAC) e União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação, Agrícolas e Afins (UITA), além de especialistas que discutem os impactos da jornada exaustiva no setor, como doutor Sandro Sardá, procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Victor Pagani, diretor Técnico do DIEESE, p doutor Roberto Ruiz, médico do Trabalho e Coordenador do ObAgro, Josenildo Antônio da Silva, dirigente Sindical do STILASP, a doutora. Valdete Severo, Juíza do Trabalho no TRT da 4ª Região e Daiana Santos, deputada Federal (PCdoB/RS).
A luta pelo fim da escala 6×1 ganhou um novo capítulo desde a protocolação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe a redução da jornada sem diminuição salarial, com o número necessário de assinaturas parlamentares.
No entanto, as entidades alertam que a mobilização precisa crescer, cada vez mais, para garantir que a proposta avance no Congresso.
” A luta está só começando, e a categoria da alimentação não pode ficar de fora. Precisamos unificar nossas ações com outras categorias e com toda a sociedade para fazer essa mudança acontecer”, destacam Josimar Luiz Cecchin, presidente da CONTAC, Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA, e Gerardo Iglesias, secretário regional para América Latina da UITA.
A proposta prevê semana de quatro dias de trabalho e três de descanso, com limite de 36 horas semanais, extinguindo o modelo 6×1. Atualmente, ela está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e também sendo debatida em audiências públicas no Congresso e em Assembleias Legislativas.
Trâmites atuais
Protocolação: A PEC 8/25 foi protocolada em fevereiro de 2025 na Câmara dos Deputados, com apoio de 171 parlamentares.
Conteúdo da proposta: Estabelece jornada de até 8 horas diárias, máximo de 36 horas semanais, com dois dias de folga remunerada. Isso elimina a escala 6×1.
Debates
A Comissão de Trabalho da Câmara promoveu seminários e audiências para discutir impactos na saúde, produtividade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
A CCJ do Senado iniciou discussão em outubro de 2025, após mobilização popular com mais de 1,5 milhão de assinaturas em apoio.
Posição do governo: O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, declarou que o fim da escala 6×1 é uma das principais bandeiras do governo Lula, defendendo jornadas mais humanas e redução para 40 horas semanais como transição.
Mobilização social: Além das entidades sindicais, há articulação de movimentos sociais e sindicatos em diferentes estados, reforçando a pressão para que a proposta avance
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