Representantes das principais centrais sindicais estiveram reunidos nesta quarta-feira (3) com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em Brasília, para discutir alternativas ao modelo de jornada 6×1. A pauta, considerada prioritária pelo movimento sindical e pelo governo federal, busca substituir um sistema que impõe apenas um dia de descanso semanal e é apontado como prejudicial à saúde, à convivência familiar e à qualidade de vida dos trabalhadores.
O encontro deu continuidade ao debate nacional sobre jornadas mais humanas, alinhadas aos princípios de saúde, segurança e dignidade laboral. As centrais apresentaram avaliações técnicas e sindicais sobre os impactos da escala 6×1 e defenderam a transição para modelos como o 5×2, que garantem maior previsibilidade de folgas e melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Nova Central
Entre os presentes estavam dirigentes da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), incluindo sua presidente, Sônia Zerino, além da deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS). A participação reforçou a unidade das centrais na defesa de uma jornada justa e na construção de políticas públicas que assegurem descanso adequado e proteção à saúde mental da classe trabalhadora.
O governo federal reafirmou a simpatia pelo fim da escala 6×1 sem redução de salários, destacando que a medida representa um avanço civilizatório e se soma a outras iniciativas voltadas à melhoria da qualidade de vida, como a recente isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.
Na prática, algumas empresas já começam a adotar novos formatos de jornada. O Hotel Copacabana, no Rio de Janeiro, iniciou a implementação de uma escala alternativa para seus funcionários, sinalizando que a mudança é viável e pode servir de referência para outros setores.
Assim, a reunião no MTE simboliza mais um passo na articulação conjunta entre governo e movimento sindical para garantir condições de trabalho mais dignas, com jornadas que respeitem o descanso, a saúde e o bem-estar dos trabalhadores brasileiros.
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