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Isenção do IR até R$ 5 mil terá impacto na arrecadação do governo

Nas eleições de 2022, uma das promessas mais discutidas foi a proposta de Lula para elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para R$ 5 mil. Esse compromisso gerou expectativas em boa parte da população, que enxerga na reforma uma possibilidade de aumentar a renda disponível e diminuir a carga tributária pessoal.

Desde o início do mandato, algumas mudanças no IRPF foram implementadas, mas a meta estabelecida de R$ 5 mil ainda não foi alcançada. O cenário econômico e os desafios fiscais influenciam a velocidade e a viabilidade dessas alterações necessárias para concretizar tal promessa.

Alterações

A primeira ação do governo foi aumentar a faixa de isenção de cerca de R$ 1,9 mil para aproximadamente R$ 2,6 mil. Essa mudança ofereceu algum alívio aos contribuintes, mas não alcançou o alvo pretendido de R$ 5 mil. Continuar avançando nesta direção exigirá ajustes mais complexos dentro do sistema tributário nacional.

Acredita-se que uma reforma tributária mais abrangente pode ser encaminhada, em busca de corrigir falhas e tornar o sistema mais justo. No entanto, as questões políticas e econômicas se mostram como barreiras que precisam ser superadas com cautela e diálogo intenso.

Desafios

Implementar uma isenção no IRPF até R$ 5 mil representa uma queda significativa na arrecadação estatal. Para mitigar esse impacto, o governo precisa considerar ajustes em outras áreas tributárias ou a criação de novos mecanismos de arrecadação que possam compensar a diferença sem sobrecarregar os contribuintes.

A manutenção dos investimentos em áreas prioritárias como saúde, educação e infraestrutura depende de uma arrecadação equilibrada, tornando essa tarefa um desafio econômico que o governo precisa enfrentar com uma estratégia bem delineada.

Impacto

O aumento da faixa de isenção pode beneficiar muitos trabalhadores, mas também levanta preocupações sobre a gestão fiscal a longo prazo. Se a arrecadação não acompanhar as mudanças necessárias, pode haver um enfraquecimento nas finanças públicas, resultando em menos recursos para programas sociais.

O governo terá que encontrar um equilíbrio, considerando as consequências sociais e econômicas, para garantir que essa mudança não penalize outras áreas do orçamento público.

Caminhos

A discussão sobre o Imposto de Renda exige uma análise cuidadosa e abrangente. Seria necessário mais do que ajustes básicos; uma revisão profunda das prioridades fiscais do país, alinhada com uma estratégia de desenvolvimento que promova justiça fiscal sem comprometer a sustentabilidade econômica.

Com uma abordagem meticulosa e consenso político-social, é possível ajustar o sistema tributário de maneira que ele se torne mais justo e eficiente, garantindo, assim, a estabilidade financeira do país e o bem-estar dos seus cidadãos.

Fonte: Tupi FM por Raquel Kirlien

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