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Geração Z: O presente que incomoda e transforma

Ainda há quem insista em enxergar a Geração Z como um grupo de jovens distraídos, presos às telas e distantes da “vida real”. Essa visão, além de ultrapassada, ignora um fato inescapável: a Gen Z já ocupa posições de poder, influencia decisões estratégicas e redefine o mercado de trabalho.

Hoje, encontramos profissionais dessa geração contratando e demitindo, liderando equipes, aprovando campanhas e até sustentando famílias com negócios próprios. Alguns chegam a cifras bilionárias, mostrando que a juventude não é sinônimo de inexperiência, mas de ousadia e capacidade de execução.

E é justamente essa ousadia que incomoda. A Geração Z não aceita o “sempre foi assim”. Questiona processos, desafia hierarquias e expõe incoerências que outras gerações preferiram silenciar. Essa postura crítica não é apenas rebeldia: é uma nova lógica de poder, que exige transparência, propósito e coerência.

O mercado, acostumado a moldar consumidores em perfis estáticos, encontra resistência. A Gen Z não cabe em uma única persona: é múltipla, contraditória, emocional e pragmática ao mesmo tempo. Dentro dela convivem subculturas, estilos e visões que tornam impossível qualquer simplificação.

O resultado? Uma geração que não pede desculpas por quebrar padrões. Diferente das anteriores, que muitas vezes buscavam legitimação, a Z assume o protagonismo sem hesitar. E isso faz estruturas tremerem — das corporações às instituições sociais.

Gostemos ou não, essa geração já está moldando o presente. No trabalho, no consumo, na política e na cultura, a Gen Z não é promessa de futuro: é realidade transformadora. Ignorá-la é perder o ritmo da mudança.

  • Emerson Vieira é jornalista, colaborador deste site.

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