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Carrefour maldiz a carne brasileira, sofre boicote e pede desculpas

O maior grupo supermercadista da Europa e do Brasil, Carrefour, recentemente enfrentou críticas após o CEO Alexandre Bompard afirmar que a rede varejista francesa não compraria mais carne de países do Mercosul para abastecer suas lojas na França.

Essa declaração gerou um boicote de frigoríficos, hotéis, bares e restaurantes brasileiros. Em resposta, o Carrefour pediu desculpas e esclareceu que a declaração foi mal interpretada.

Bompard destacou que a carne brasileira é de alta qualidade e que o Carrefour continuará a comprá-la para suas operações no Brasil. A empresa também reafirmou seu compromisso de longa data com a agricultura brasileira, mencionando que tem sido parceira do setor por quase 50 anos.

Desculpas

O Carrefour pede desculpas após boicote, cita “confusão” e elogia carne brasileira. Já o CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, reforçou o compromisso do grupo com a agricultura brasileira.

O Carrefour, por meio de sua matriz na França, disse em um comunicado divulgado também com versão em francês que compra a carne que vende na França quase exclusivamente de produtores franceses e a carne que vende no Brasil exclusivamente de pecuaristas brasileiros e acrescentou que continuará com essa estratégia.

“Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira, pedimos desculpas”, escreveu.

Boicote

Segundo a Folha de S. Paulo, atualmente, 23 frigoríficos, incluindo gigantes como JBS, Marfrig e Masterboi, suspenderam o fornecimento de carne para as unidades do Carrefour no Brasil. Segundo fontes do setor, essa decisão já impacta mais de 150 lojas da rede, com consumidores relatando a falta de produtos específicos nas prateleiras.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro elogiou a decisão dos frigoríficos, embora tenha afirmado que não solicitou o boicote. O boicote foi visto como uma resposta à declaração de Bompard, considerada “desproporcional” pelo ministro.

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