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Audiência Pública na Alesp discute condições de trabalho em fast food

Na última terça-feira (9), a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) foi palco de uma audiência pública fundamental para os trabalhadores e trabalhadoras do setor de alimentação rápida. Organizada pelos deputados estaduais Simão Pedro e Eduardo Suplicy (PT), a iniciativa teve como foco o enfrentamento à precarização das relações de trabalho e a construção de propostas que garantam mais dignidade à categoria.

Entre os participantes, esteve o presidente da Fetrhotel, Cícero Lourenço Pereira, que ressaltou as lutas históricas da federação e a importância da mobilização coletiva para ampliar conquistas no setor.

Escuta e participação

As audiências públicas são instrumentos democráticos que permitem à sociedade civil, especialistas e autoridades debaterem temas relevantes e contribuírem na formulação de políticas públicas. Neste encontro, trabalhadores do setor puderam compartilhar suas vivências e reivindicações diretamente com os parlamentares.

Propostas

Durante o evento, foram apresentados dois projetos de lei elaborados pelos deputados Simão Pedro e Eduardo Suplicy:

  • PL 1.122/2025: Criação de um canal sigiloso para denúncias de irregularidades no setor de fast food.
  • PL 1.122/2024: Instituição de um programa estadual voltado à melhoria das condições de trabalho, com foco em saúde e segurança.

Essas propostas nasceram da escuta ativa da base trabalhadora, que relatou casos de assédio, metas abusivas, ausência de pausas, sobrecarga de funções e descumprimento da legislação trabalhista. A demanda foi reforçada por representantes da Service Employees International Union (SEIU) e pela presidência da Fetrhotel.

Precarização

A audiência também contou com a presença de Joseph Bryant, secretário internacional da SEIU — uma das maiores entidades sindicais dos Estados Unidos, com mais de dois milhões de membros. Bryant destacou que a precarização no setor de fast food é um problema global, afetando especialmente trabalhadores imigrantes.

Ele apresentou a campanha #SemDireitosNãoÉLegal, que denuncia abusos nas redes de alimentação rápida e já articula ações com lideranças políticas e sindicais brasileiras.

Valorização do trabalho

Os debates reforçaram a urgência de enfrentar os desafios do setor, marcado por alta rotatividade, baixos salários e práticas abusivas. Os projetos de lei apresentados representam um passo importante rumo à valorização do trabalho e à proteção dos direitos dos profissionais.

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