Na passagem de maio para junho, o índice de atividades turísticas variou -0,4%, após ter avançado nos dois meses anteriores, com ganho acumulado de 4,3% nesse período. É o que aponta o último boletim informativo do IBGE. O segmento de turismo se mantém acima do patamar pré-pandemia (4,9% superior ao nível registrado em fevereiro de 2020) e se encontra 2,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Oito dos 12 locais pesquisados seguiram o resultado negativo do país. Entre eles, as maiores influências vieram do Rio de Janeiro (-1,2%) e da Bahia (-3,2%), seguidos por Goiás (-4,8%), Rio Grande do Sul (-1,9%) e Santa Catarina (-2,6%). Os principais avanços do segmento em junho foram do Distrito Federal (4,9%) e de Pernambuco (4,3%).
O volume de serviços prestados no país variou 0,2% na passagem de maio para junho. Essa é a segunda taxa positiva seguida do setor, que acumula alta de 1,6% nesse período. Com isso, ele opera 12,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 1,5% abaixo do ápice da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), atingido em dezembro do ano passado. No primeiro semestre do ano, o setor acumula alta de 4,7%, e nos últimos 12 meses, de 6,2%. Os dados foram divulgados hoje (10) pelo IBGE.
O que cresceu mais
Três das cinco atividades investigadas pela pesquisa cresceram em junho. Os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%) recuperaram parte da queda (-1,2%) acumulada nos dois meses anteriores. “Entre os destaques dessa atividade estão as empresas de atividades jurídicas, as de administração de cartões de desconto e de programas de fidelidade e as de engenharia. Um fator que pode explicar esse crescimento no primeiro segmento são os ganhos de causa que eventualmente ocorrem no mesmo período em várias empresas e provocam o aumento de receita”, diz o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Pontos negativos
No lado negativo, os transportes variaram -0,3%, após terem avançado 2,2% no mês anterior. “Essa variação negativa é muito próxima à estabilidade. Esse resultado foi pressionado por quatro segmentos: gestão de portos e terminais, o transporte aéreo de passageiros, o transporte rodoviário coletivo de passageiros e o transporte por navegação interior de carga. No caso do aéreo de passageiro, pode estar ligado ao aumento dos preços das passagens em junho. Nem sempre essa inflação causa queda na receita das empresas, mas, em geral, há essa correlação”, pontua Lobo.
O transporte de passageiros recuou 1,2% frente a maio, enquanto o de cargas avançou 0,6% na mesma comparação. Individualmente, o transporte de cargas foi o segmento que mais impactou o resultado positivo do setor de serviços em junho.
Fonte: IBGE
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