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5ª Conferência Nacional de Saúde com forte mobilização sindical

Após quatro dias de intensos debates, apresentações culturais e atividades autogestionadas, chega ao fim nesta quinta-feira (21) a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CNSTT), realizada em Brasília. O evento, promovido pelo Ministério da Saúde e organizado pelo Conselho Nacional de Saúde, marcou o retorno da Conferência após um hiato de 11 anos, reunindo representantes de todas as regiões do país.

Discussão

Com o lema “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora como Direito Humano”, a Conferência foi estruturada em três eixos principais:

Novas relações de trabalho e seus impactos na saúde laboral

Participação popular no controle social das políticas públicas

Fortalecimento da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

Participação

A etapa nacional foi precedida por um amplo processo de mobilização, que incluiu mais de 1.100 conferências municipais, além de etapas regionais, estaduais e livres. Essa construção coletiva garantiu a presença ativa da classe trabalhadora, movimentos sociais e entidades sindicais, que contribuíram com propostas concretas para a formulação de políticas públicas voltadas à saúde no ambiente de trabalho.

Saúde mental

Um dos pontos mais debatidos foi o crescimento dos casos de adoecimento mental entre trabalhadores, especialmente após os impactos da pandemia de Covid-19. A nova NR-1, prevista para entrar em vigor em 2026, foi amplamente discutida como ferramenta essencial para o gerenciamento de riscos psicossociais e promoção da saúde mental nos ambientes laborais.

Encerramento

O encerramento da Conferência será marcado por um clima de compromisso coletivo. As propostas aprovadas serão encaminhadas ao Ministério da Saúde e demais instâncias governamentais, com o objetivo de fortalecer o acesso ao SUS e garantir condições dignas de trabalho. Lideranças sindicais destacaram que o evento não termina com o fim da programação: “A luta pela saúde do trabalhador continua nos locais de trabalho, nas negociações coletivas e na formulação de políticas públicas.”

A CNSTT reafirma que investir na saúde do trabalhador é investir no futuro do país — com dignidade, respeito e justiça social.

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