A taxa de juros cobrada pelos bancos em suas operações com pessoas físicas e com empresas teve aumento de 1,8 ponto percentual em janeiro deste ano, e foi para 43,5% ao ano. A informação é do Banco Central. O novo aumento da taxa de juros bancária acontece em um momento de estabilidade na taxa básica da economia, a Selic, que está em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado.
Esse é o maior patamar desde agosto de 2017, quando a taxa de juros atingiu 45,6% ao ano. A série histórica do Banco Central tem início em março de 2011.
A taxa de juros média, nesse caso, foi calculada com base em recursos livres. Isso quer dizer que não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
De acordo com o Banco Central, a taxa de juros cobrada nas operações com empresas subiu de 23,1% ao ano, em dezembro, para 25,3% ao ano em janeiro de 2023. É o maior patamar desde julho de 2017 (25,4% ao ano).
Cartões de crédito
A taxa de juros média cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, avançou de 407,7% ao ano no fim de 2022 para 411,5% ao ano em janeiro. É o maior patamar desde agosto de 2017 (428% ao ano). É a linha de crédito mais cara do mercado e, segundo analistas, deve ser evitada. A recomendação é que os clientes bancários paguem todo o valor da fatura mensalmente.
No cheque especial das pessoas físicas, a taxa recuou de 132,1% ao ano, em dezembro, para 132% ao ano em janeiro de 2023. A queda foi de 0,1 ponto percentual no mês passado.
O volume total do crédito bancário em mercado, segundo o Banco Central, recuou 0,3%, para R$ 5,26 trilhões em janeiro. Em dezembro do ano passado, somava R$ 5,27 trilhões.
Com informações da ICL Economia e G1