Durante o último Seminário Nacional promovido pela Fenatibref, Contratuh e Nova Central, realizado em Belo Horizonte, uma proposta simples, mas transformadora, ganhou destaque: a instalação de salas de leitura e bibliotecas nas sedes sindicais. A ideia foi apresentada pela diretora de Assuntos Parlamentares, Vera Lêda Ferreira de Morais, que aproveitou o lançamento da cartilha “Trabalho com Dignidade” — um guia de direitos, saúde e sustentabilidade — para reforçar a importância de o sindicalismo estar sempre bem informado, preparado para o debate e comprometido com a formação contínua de seus dirigentes e da base.
Mais do que prateleiras com livros, esses espaços representam um investimento na consciência crítica dos trabalhadores. São lugares onde se pode pesquisar temas essenciais como direitos trabalhistas, saúde e segurança no trabalho, sustentabilidade, história do movimento sindical e muito mais. E, em muitos casos, também se tornam pontos de encontro com a comunidade, promovendo a leitura como ferramenta de inclusão e cidadania.
Por que biblioteca sindical?
- Formação contínua: Uma biblioteca fortalece o papel pedagógico do sindicato, oferecendo materiais que ajudam dirigentes e trabalhadores a se atualizarem sobre legislação, políticas públicas e temas sociais.
- Espaço de reflexão: Em tempos de desinformação, ter acesso a fontes confiáveis é um ato de resistência. A leitura estimula o pensamento crítico e fortalece o diálogo.
- Integração com a comunidade: Muitas bibliotecas sindicais também abrem suas portas para o público externo, tornando-se espaços culturais e educativos em bairros e cidades.
- Acervo temático: Os sindicatos podem montar coleções voltadas para sua área de atuação, com livros, cartilhas, revistas e materiais digitais sobre direitos, saúde, segurança, meio ambiente e relações de trabalho.

Um convite à ação
A proposta da diretora Vera Morais é clara: que cada sindicato brasileiro se inspire e se mobilize para criar seu próprio espaço de leitura. Que a cartilha “Trabalho com Dignidade” seja apenas o ponto de partida para uma nova cultura sindical, mais conectada com o conhecimento, com a pesquisa e com a formação cidadã.
Instalar uma sala de leitura é plantar sementes de transformação. É afirmar que o saber é um direito — e que o sindicalismo do futuro se constrói com livros, ideias e diálogo.
Vera faz questão de destacar a importância do livro em detrimento do computador. Ela entende que o hábito da leitura continua sendo uma forma de desenvolvimento, não à moda antiga, mas salutar e nos ajuda a fugir da dependência constante as redes sociais, o noticiário corrompido das “fake news” e principalmente do vício moderno de abrir o celular e passar horas diante de informações que muitas vezes pouco constroem à nossa formação.
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