O apagão em São Paulo e o atraso para a volta da energia, por conta da empresa Enel, causou muitos estragos e atrasos para toda a comunidade. Tanto que foi o tema de debate na TV Band, segunda-feira, entre os candidatos ao segundo turno pela Prefeitura de São Paulo entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), segunda-feira à noite (14), na TV Band.
Mas não foi só o mundo político que se mobilizou. O Sindicalismo também repudiou e denuncia o problema, que prejudicou residências, comércio, fábricas, postos de saúde e transporte público. Na prática, mais de dois milhões de paulistanos.
Miguel Torres, metalúrgico que preside a Força Sindical, e Chicão Annunciato, líder dos Eletricitários, e também forcista, escreveram o artigo “Sem energia, sem prefeito”. Eles apontam vários problemas e denunciam que faltam funcionários para tarefas rotineiras da Enel, manutenção e frente a situações emergenciais, como o apagão na Capital, a partir da sexta-feira à noite.
Miguel e Chicão não poupam o prefeito de SP. Eles escrevem: “O caos é também por conta da atual administração municipal, que é inoperante e foge das suas responsabilidades”. E seguem: “Postes e árvores caíram, moradias e carros foram destruídos e, infelizmente, ocorreram mortes”.
Várias outras entidades se manifestaram, denunciando os estragos da privatização no setor energético. Entre estas, o Sindicato dos Metroviários. Suas redes sociais alertam: “A culpa não é das árvores”. A entidade aponta a redução de funcionários e o enxugamento resultante da própria privatização.
YouTube – O Canal da Agência Sindical traz depoimento de trabalhadora que sofreu horas a fio no transporte coletivo paralisado devido à falta de energia.
ARTIGO – Leia “Sem energia, sem prefeito”.
Contratuh
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade também foi acionada sobre o problema, haja vista que hotéis, restaurantes, bares e afins também tiveram idênticos problemas, principalmente os que dependem diretamente da refrigeração, meios de transporte e armazenamento de seus produtos, além de seus trabalhadores sofrerem para se deslocarem de casa ao trabalho e vice-versa. O temor é que em virtude dos altos prejuízos este problema chegue no corte de equipes e dispensas trabalhistas. “Vamos estar atentos a quaisquer atitudes que signifiquem sacrifício dos trabalhadores em geral”, advertiu o presidente da Contratuh, Wilson Pereira.
Fonte: Agência Sindical
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