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Pobreza diminuiu, mas ricos precisam contribuir mais

A Pobreza extrema caiu de 17,2 milhões de pessoas em 2022 para 2,5 milhões em 2023, uma redução de 85%. 14,7 milhões de brasileiros deixaram de passar fome em 2023. Cerca de 91% das vagas de emprego formal entre 2023 e 2024 foram ocupadas por pessoas inscritas no Cadastro Único, e 71% por beneficiários do Bolsa Família. O programa Bolsa Família repassou R$ 168,3 bilhões em 2024, com média de R$ 14 bilhões mensais e a classe média cresceu: 972 mil pessoas do CadÚnico alcançaram renda individual de R$ 3.400 ou mais entre 2023 e 2024.

Luta da classe pobre

A luta das classes pobres no Brasil é marcada por uma tensão constante entre sobrevivência e dignidade. Os trabalhadores enfrentam desafios como:

  • Informalidade e precarização: Apesar da queda no desemprego, muitos empregos são instáveis, sem garantias trabalhistas.
  • Baixos salários: Mesmo com carteira assinada, grande parte dos trabalhadores vive com menos de 2 salários mínimos, o que os coloca nas classes D e E.
  • Acesso limitado a serviços públicos: Saúde, educação e transporte ainda são insuficientes ou de baixa qualidade para grande parte da população.
  • Desigualdade estrutural: O índice de Gini, que mede a desigualdade, embora tenha caído, ainda revela uma sociedade profundamente desigual.

Resistência e avanços

Apesar das dificuldades, há sinais de resistência e progresso:

  • Programas sociais reformulados como o novo Bolsa Família, que agora inclui adicionais para crianças e adolescentes, têm sido fundamentais para tirar milhões da pobreza.
  • Inclusão produtiva: A Regra de Proteção permite que famílias que aumentam sua renda continuem recebendo benefícios por até dois anos, incentivando o trabalho sem penalizar o progresso.
  • Empreendedorismo popular: Programas como o “Acredita no Primeiro Passo” já liberaram mais de R$ 1,6 bilhão em microcrédito para empreendedores do CadÚnico.

Essa luta não é apenas por sobrevivência, mas por reconhecimento, autonomia e justiça social. O trabalhador brasileiro, especialmente o mais pobre, tem demonstrado resiliência e vontade de prosperar — o que falta muitas vezes é oportunidade e apoio contínuo.

Estudo do Ipea mostra que milionários pagam proporcionalmente menos impostos no Brasil, especialmente acima de R$1 milhão anual.

Sim, e os dados são reveladores. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que a progressividade tributária no Brasil praticamente desaparece no topo da pirâmide social, especialmente entre os que ganham acima de R$ 1 milhão por ano.

Principais números do estudo

  • A alíquota média de impostos para quem ganha cerca de R$ 516 mil anuais é de 14,2%.
  • Para quem ganha acima de R$ 1 milhão por ano, essa alíquota cai para 13,3%, contrariando o princípio de progressividade.
  • Em cenários alternativos, essa taxa pode cair ainda mais — até 10,3% entre os super-ricos.
  • Estima-se que R$ 180 bilhões deixaram de ser arrecadados entre 2015 e 2019 por empresas enquadradas em regimes especiais como o Simples Nacional e o Lucro Presumido.

Por que isso acontece?

  • Isenção de lucros e dividendos: Essa é a principal fonte de renda dos mais ricos e está isenta de tributação no Brasil.
  • Brechas legais e regimes especiais: Empresas podem se enquadrar em regimes que permitem pagar menos impostos, como o Lucro Presumido.
  • Planejamento tributário agressivo: Grandes corporações e indivíduos com alta renda têm acesso a estratégias que reduzem a carga tributária efetiva.

Impacto social e político

Essa distorção penaliza os trabalhadores e a classe média, que acabam pagando proporcionalmente mais impostos sobre salários e consumo. O estudo do Ipea defende uma reforma tributária focada na renda, com medidas como:

  • Tributação de dividendos.
  • Revisão dos regimes especiais.
  • Redução das desigualdades na arrecadação.

Esse debate é essencial para corrigir injustiças históricas e tornar o sistema mais justo e eficiente.

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