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Pesquisa da UFMG mostra a dureza do trabalho escravo no Brasil

Está circulando por todo o Brasil, a partir do dia nacional do combate ao trabalho escravo no Brasil, o resultado da mais recente pesquisa da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da Universidade Federal de Minas Gerais, um trabalho histórico e de pesquisa que será muito útil em nossos dias.

“O que escondem as casas grandes do Brasil no século XXI? Um diagnóstico do trabalho escravo contemporâneo no âmbito doméstico” analisa desde os relatórios de fiscalização produzidos por auditores-fiscais do trabalho até os meandros das ações civis públicas trabalhistas e as ações penais, revisitando as terminologias e contextos que precedem os julgamentos.

O diagnóstico abre com a análise do fluxo das operações das instituições e avança no entendimento de quem são as pessoas envolvidas, tanto as vítimas quanto os algozes – notadamente mulheres -, atravessando questões de gênero, raça e classe que são enredadas neste fenômeno de nosso tempo.

O livro, com distribuição gratuita para toda a sociedade brasileira, é fruto do trabalho dedicado e comprometido da equipe da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas – CTETP e da parceria profícua com o Ministério Público do Trabalho – MPT e com o Ministério do Trabalho e Emprego – TEM.

Espera-se que através das vozes ouvidas nas páginas deste livro, o país encontre o caminho para erradicar de vez o flagelo que vive nos “quartinhos de empregada” de nossas casas. Que o conhecimento compilado sirva de base para políticas públicas em que a sombra da escravidão não mais se assome sobre os lares brasileiros.

Para acessar o livro e ter a leitura gratuita, basta clicar AQUI.

Pesquisa

A pesquisa responde a uma omissão histórica e revela dados até então pouco explorados ou compreendidos. Começando pelo ano de 2017, o estudo navega pelas razões que invisibilizam essa forma de escravidão, traçando perfis das vítimas e dos exploradores, e desenhando quadro circunstanciado das dinâmicas de poder e abuso.

Composto por rigorosa metodologia este trabalho analisa desde os relatórios de fiscalização produzidos por auditores-fiscais do trabalho até os meandros das ações penais, revisitando as terminologias e contextos que precedem os julgamentos. O diagnóstico abre com a análise do fluxo das operações das instituições e avança no entendimento de quem são as pessoas envolvidas, tanto as vítimas quanto os algozes – notadamente mulheres -, atravessando questões de gênero, raça e classe que são enredadas neste fenômeno de nosso tempo.

A obra avança, investigando a arquitetura do trabalho escravo no âmbito doméstico e estabelece parâmetros claros para entender condições degradantes e práticas análogas à escravidão. As respostas trabalhistas e penais após os resgates são discutidas com profundidade, revelando os desafios enfrentados no sistema judiciário pelas vítimas, no duro caminho à justiça e à reparação.

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