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“Pacote de Belém” e COP-30 destacam a Amazônia na agenda global

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30) terminou com a aprovação do chamado Pacote de Belém, um conjunto de 29 decisões que consolidam avanços em adaptação, financiamento e cooperação internacional. O encontro, realizado pela primeira vez na Amazônia, reuniu representantes de 195 países e reforçou o papel da região como símbolo da luta contra a crise climática.

Pontos positivos

Entre os principais resultados, destacam-se:

  • Novas metas climáticas: 122 países apresentaram Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) atualizadas, ampliando compromissos de redução de emissões.
  • Fundo Florestas Tropicais para Sempre: iniciativa brasileira para garantir recursos permanentes à preservação das florestas tropicais.
  • Mecanismo de transição justa: decisão que coloca a equidade social no centro da ação climática, buscando proteger trabalhadores e comunidades afetadas pela transição energética.
  • Financiamento da adaptação: países desenvolvidos se comprometeram a ampliar recursos para nações vulneráveis, embora sem definição de valores concretos.

Impasses

Apesar dos avanços, o tema dos combustíveis fósseis voltou a dividir os países. Não houve consenso sobre a eliminação progressiva de petróleo, carvão e gás, e a discussão foi adiada para futuras conferências. Especialistas apontam que a falta de acordo nesse ponto limita o impacto imediato das resoluções.

O que fica

A COP-30 deixa como legado:

  • Amazônia como palco global: a realização em Belém reforçou a importância da floresta como símbolo da urgência climática.
  • Integração entre clima e justiça social: o Pacote de Belém destacou que enfrentar a crise exige considerar desigualdades e direitos humanos.
  • Pressão internacional sobre fósseis: embora sem decisão final, o debate ganhou força e deverá ser retomado com mais intensidade nas próximas edições.

O encontro foi considerado um marco simbólico e político. Se por um lado consolidou avanços institucionais e reforçou a cooperação internacional, por outro deixou claro que o caminho para uma transição climática efetiva ainda enfrenta barreiras econômicas e políticas.

Fonte: Ascom MTur por Bárbara Magalhães e foto de Roberto Castro

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