Num cenário de intensas negociações, o Sindicato dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade de Feira de Santana (SINDTTURHFS) garantiu importantes reajustes salariais e benefícios para os profissionais da categoria. O presidente do sindicato, Antonio Souza Correia, compartilhou detalhes sobre o processo de negociação e os desafios enfrentados no início deste ano
Processo
A negociação coletiva tem início com a convocação de uma assembleia geral dos trabalhadores, realizada por meio de edital publicado em jornal de grande circulação. O encontro deve ocorrer, no mínimo, 60 dias antes da data-base da categoria, garantindo a participação dos trabalhadores na pauta de reivindicações que é apresentada ao sindicato patronal.
Seguem-se várias reuniões de negociação, buscando consenso entre as partes. O desfecho pode resultar na assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ou, sem acordo, parte-se para o Dissídio Coletivo.
Reajustes
O sindicato representa 64 municípios e firmou quatro convenções coletivas. Veja os principais reajustes garantidos:
- SINDFEIRADESANTANA (Feira de Santana, 1 município, 1.570 empresas) – 7,27% de reajuste.
- FBHA – Federação Nacional de Hotéis (41 municípios, 1.250 empresas) – 8,84% de reajuste nos pisos salariais e 5,5% acima dos pisos.
- SINDBAH (Santo Antônio de Jesus e mais 12 municípios, 690 empresas) – 6,539% e 6,498% de reajuste.
- SPHA (Itacaré e outros 8 municípios, 610 empresas) – 7,5% de reajuste.
As negociações incluíram aproximadamente 4.120 empresas e 25 mil trabalhadores. Segundo Correia, a negociação deste ano em Feira de Santana foi especialmente desafiadora, mas ao final todas as convenções foram assinadas com reajustes significativos e outras conquistas importantes.
Participação do Trabalhador
Correia reforça que o fortalecimento das negociações depende diretamente do envolvimento dos trabalhadores. “É fundamental que os trabalhadores participem das assembleias e acompanhem as negociações. Além disso, o custeio dos sindicatos é essencial para garantir a força da entidade. Sem união, perdemos a capacidade de lutar por novas conquistas”, destacou.
Desafios
O presidente do SINDTTURHFS também comentou sobre as dificuldades enfrentadas nas negociações com as entidades patronais. “Eles resistem a propostas que favorecem os trabalhadores, e muitas vezes suas ofertas são insuficientes. É preciso habilidade e determinação para rejeitar condições prejudiciais e garantir avanços”, afirmou.
Estratégias
Segundo Correia, a busca por melhores condições exige planejamento e preparo. “Aprendemos muito com os cursos oferecidos pela nossa Confederação, a CONTRATUH. Com conhecimento e luta, conseguimos superar as batalhas mais difíceis e garantir vitórias para os trabalhadores”, ressaltou.
O resultado positivo das negociações demonstra a importância da mobilização sindical e do engajamento da categoria. Para os trabalhadores do turismo e hospitalidade, 2025 marca um ano de conquistas e reajustes fundamentais para a valorização da profissão.
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