O mercado de trabalho formal no Brasil segue em trajetória de crescimento sólido ao longo de 2025. De janeiro a outubro, foram criados 1.800.650 novos vínculos com carteira assinada, o que representa uma expansão de 3,8% no estoque de empregos. Com esse desempenho, o país alcança 48,9 milhões de vínculos celetistas, consolidando um cenário de recuperação e estabilidade.
Nos últimos 12 meses, entre novembro de 2024 e outubro de 2025, o saldo acumulado chega a 1.351.832 postos de trabalho. Embora inferior ao registrado no período anterior (1.796.543 vagas), o resultado confirma a manutenção de um mercado dinâmico e resiliente.
Desempenho por setores
Todos os grandes setores da economia registraram saldos positivos no acumulado do ano:
- Serviços: +961.016 vagas (+4,2%), com destaque para atividades administrativas e de saúde.
- Indústria: +305.641 postos (+3,4%), impulsionada pela fabricação de alimentos (+75.252).
- Comércio: +218.098 empregos (+2,0%).
- Construção: +214.717 vagas (+7,5%), refletindo o aquecimento da infraestrutura e da habitação.
- Agropecuária: +101.188 postos (+5,6%), com destaque para o cultivo de laranja (+14.619) e criação de bovinos (+4.408).
Desempenho regional
Os maiores saldos de 2025 foram observados em:
- São Paulo: +502.683 empregos (+3,5%).
- Minas Gerais: +159.601 (+3,2%).
- Paraná: +129.361 (+4,0%).
Em termos proporcionais, estados como Distrito Federal (+1,5%), Alagoas (+1%) e Amapá (+0,7%) também se destacaram.
Perfil das contratações
O crescimento foi impulsionado por dois grupos:
- Mulheres: +65.913 vínculos em outubro, com forte presença no setor de Serviços.
- Jovens: trabalhadores de 18 a 24 anos responderam por +80.365 contratações, enquanto adolescentes de até 17 anos somaram +23.586.
As vagas típicas representaram 67,7% do saldo, enquanto as não típicas (contratos intermitentes e jornadas reduzidas) responderam por 32,3%.
Salário de admissão
O salário médio real de admissão em 2025 se mantém em patamar de crescimento. Em outubro, o valor foi de R$ 2.304,31, um aumento de 2,4% em relação ao mesmo mês de 2024. Entre os trabalhadores típicos, a média foi de R$ 2.348,20, superior à geral, enquanto os não típicos receberam R$ 1.974,07.
Fontes: Dieese e MTE.
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