Foi encerrada dia 26 (quarta-feira) a rodada de negociações coletivas entre trabalhadores e patrões do setor hoteleiro do Espírito Santo, resultando na assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2026/2027. A reunião ocorreu na sede do Sindhotéis, em Vitória, e contou com a presença da FETTHEES, SINTRAHOTÉIS, SINTRANORTE, SECOHTUH, SINDINUTRIES e da representação patronal do Sindhotéis, acompanhados de seus respectivos advogados.
O que foi definido
Entre os pontos tratados durante o encontro, foi confirmado o seguinte acordo:
- Reajuste salarial linear de 8% para pisos e salários em todo o Estado.
- Novos valores de pisos salariais:
- Camareiras/arrumadeiras em hotéis 4 e 5 estrelas: de R$ 2.019,85 para R$ 2.181,44.
- Outros trabalhadores em hotéis 4 e 5 estrelas: de R$ 2.028,25 para R$ 2.190,51.
- Camareiras/arrumadeiras em meios de hospedagem abaixo de 4 estrelas: de R$ 1.683,57 para R$ 1.818,26.
- Outros trabalhadores em meios de hospedagem abaixo de 4 estrelas: de R$ 1.690,57 para R$ 1.825,82.
- Benefício Social Familiar (BSF) reajustado para R$ 29,00.
- Inclusão de benefícios como ticket alimentação de R$ 26,25, plano odontológico de R$ 15,00 e programa de saúde e medicina orgânica de R$ 52,00 mensais.
- Equiparação salarial gradual entre os pisos das diferentes regiões do Estado:
- 50% da diferença será corrigida em janeiro de 2026.
- Os 50% restantes em janeiro de 2027.
- Cláusula dos domingos: assegurado às trabalhadoras o direito ao repouso dominical em escala quinzenal de revezamento.
- Inclusão da redação da Lei 14.457/2022 na CCT.
Quando vigora
- A nova convenção terá vigência de dois anos (2026/2027).
- A data-base da categoria permanece em 1º de janeiro.
- As partes retornarão à mesa de negociação em novembro de 2026 para revisão das cláusulas econômicas, mantendo inalteradas as cláusulas sociais.
- Foi também acordado o encerramento da ação judicial movida pelo Sindhotéis, com base em parecer do MPT/ES.
O presidente da Federação, Odeildo Ribeiro do Santos, foi mais uma conquista da representação sindical “que continua muito atenta com a causa trabalhista que representamos”. Para ele “é a maneira de confirmamos cada vez mais que o trabalhador unido tem bons resultados nas suas buscas salariais e de benefícios em geral. Talvez não seja o salário e nem as benesses que todos desejamos atingir, mas é a negociação clara e possível conseguida junto a classe patronal. Por isso é que temos que cada vez mais unir forças para que nossa representação seja sólida e consolidada”.





