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Governo libera R$ 130 milhões para pescadores afetados por óleo do Nordeste

O presidente da República em exercício, Davi Alcolumbre, assinou na quinta-feira (24) um decreto que autoriza a prorrogação da concessão extraordinária do seguro-defeso para os pescadores artesanais afetados pelo vazamento de petróleo no litoral nordestino. Mais cedo, Alcolumbre já havia anunciado a decisão de estender por até mais dois meses o benefício extra, que originalmente sera pago apenas em novembro.

— Trago ao estado de Sergipe o decreto presidencial que vou assinar, autorizando extraordinariamente a prorrogação do seguro-defeso que a gente pode falar que é o seguro desemprego do pescador brasileiro, do pescador nordestino — disse Alcolumbre, durante viagem para acompanhar a remoção de óleo das praias.

A concessão extraordinária do seguro defeso em novembro havia sido anunciada na terça-feira (22) pelo secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Jorge Seif Júnior. A medida beneficiará cerca de 60 mil profissionais.

Alcolumbre viajou para Alagoas e Sergipe para acompanhar a situação das praias da região. Ele esteve na praia da Barra de São Miguel, em Alagoas, e também visitou a praia de Aruana, em Aracajú. De acordo com o presidente em exercício, os recursos adicionais sairão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e devem pagar o seguro nos meses de dezembro e janeiro.  “A gente está falando em uma monta de mais ou menos R$ 120 milhões, R$ 130 milhões caso a gente atinja os dois meses de liberação para esses 60 mil pescadores”, afirmou.

O seguro-defeso é um benefício previdenciário destinado aos pescadores profissionais que ficam impossibilitados de desenvolver suas atividades durante o período de reprodução das espécies, quando a pesca é proibida. O valor do benefício é de um salário mínimo (R$ 998).

Atualmente, o benefício é pago a cerca de 360 mil pescadores em todo o país. São dois tipos de seguro: um pago aos profissionais que pescam em rios e outro destinado aos pescadores que trabalham no litoral. A medida anunciada é destinada apenas aos pescadores que recebem o seguro-defeso marítimo.

Parte do óleo de origem desconhecida continua a atingir o litoral nordestino. Na quinta-feira, o material atingiu às praias de Pilar, na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte pernambucano. Diante da situação, o governo lançou uma página na internet para agregar informações sobre o surgimento das manchas. A página reúne dados sobre o andamento das ações realizadas por órgãos públicos e inclui informações sobre a investigação das causas do desastre.

 

Fonte: Agência Senado

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