A diretoria da Nova Central Sindical de Trabalhadores, no Estado de São Paulo (NCST/SP), reuniu-se esta semana para avaliar o futuro do Movimento Sindical Brasileiro (MSB), depois de aprovada a proposta de reestruturação do setor, que está sendo elaborado pelo Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) conforme o Decreto nº 11.477.
O presidente Moacyr Auersvald, e o assessor jurídico, Cristiano Meira, da Nova Central e outras lideranças sindicais participaram em Brasília, da primeira reunião do GTI, na terça-feira (23), e definiram as prioridades de reestruturação das relações trabalhistas no País.
Os sindicalistas da Nova Central – SP estão preocupados com o caminho que o Grupo Ministerial seguirá, evitando o mesmo erro do Fórum Nacional do Trabalho (FNT), que em nome da modernização sindical, excluiu setores indispensáveis da classe trabalhadora como as Confederações e Federações e ampliou exageradamente os poderes de algumas Centrais no processo de negociações coletivas.
Um dos temas do encontro foi a posição do consultor político das centrais, Clemente Ganz, que vem defendendo a reforma sindical como “necessária e deve acontecer em parceria com o governo, centrais sindicais e o setor empresarial”. Ele descarta a revogação de artigos da Lei Federal 13.467 de 2017, ao dizer em entrevistas: “Vou ser muito claro! Não vejo sentido prático em revogar a reforma trabalhista. Tem um novo mundo acontecendo e esse novo mundo, em muitos aspectos, está muito pior do que o mundo de 2016, do trabalho”, afirma.
Para Nailton Francisco de Souza (Porreta), diretor de Comunicação da Nova Central – SP e vice-presidente da FTTRESP – Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviário do Estado de São Paulo, o Movimento Sindical Brasileiro que já foi grande protagonista na organização da classe trabalhadora, na luta por melhores condições de vida e também na reconstrução democrática contra a Ditadura Militar, tem todas condições de se aglutinar, reinventar e reconstruir instituições sólidas e combativas.
“Nos últimos 6 anos tivemos que enfrentar uma forte crise de identidade devido aos altos níveis de informalidade, a destruição de direitos trabalhistas e o fechamento das portas de diálogo pelos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), que de forma deliberada impuseram condições adversas para a organização sindical. O fim da contribuição sindical compulsória e centenas de alterações na Consolidação das Leis do Trabalho, contribuiu decisivamente no enfraquecimento do papel do movimento sindical”, lembrou Porreta.
Fonte: Secom da Nova Central – SP
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