Outra preocupação dos brasileiros que cresceu muito neste ano é com a fome e a miséria no País. Em setembro passado, apenas 5% responderam que estas eram suas maiores preocupações. Em dezembro, 11%. As questões sociais também têm ganhado maior atenção da população: esta preocupação dobrou de 7% (julho) para 14% (dezembro).
Já a pandemia da Covid-19, que era motivo de preocupação para 41% dos brasileiros em julho deste ano, agora é citada por 19%, fruto do avanço da vacinação, com consequente redução de casos graves e mortes no País. Entretanto, uma observação: o medo da pandemia cresceu dois pontos neste mês, por conta do receio de novas variantes do coronavírus.
Governo
A pesquisa também entrou no campo político. Sobre a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), a reprovação teve uma queda acentuada, com a avaliação negativa caindo de 56% em novembro para 50%, fora da margem de erro de dois pontos. A visão positiva do governo passou de 19% para 21%. À exceção do Nordeste, a queda na reprovação foi verificada em todas as regiões e estratos sociais, embora a visão negativa ainda seja predominante.
A má notícia para o presidente Bolsonaro é que, se as eleições de 2022 fossem hoje, o ex-presidente Lula (PT) seria eleito no primeiro turno em todos os cenários apresentados, pois suas intenções de votos são maiores que a somas das de seus adversários, variando de 46% a 48%. O ex-ministro Sérgio Moro (Podemos), que havia sido incluído na pesquisa anterior, passou de 8% para 11%, mas seu adversário direto, Bolsonaro, teve crescimento igual, de 21% para 24%.
Nas simulações de segundo turno, Lula também leva vantagem: 55% a 31% contra Bolsonaro, 53% a 29% contra Moro e 54% a 21% contra Ciro Gomes (PDT). Outra má notícia para Bolsonaro identificada pela pesquisa é a rejeição: 64% dos eleitores dizem que não votariam nele. Moro vem em seguida, com 61%. Lula aparece em quinto, com 43%.
Fonte: Entrelinhas