Apesar de o Brasil ter registrado um crescimento de apenas 0,4% no segundo trimestre de 2025, despencando para o 32º lugar no ranking global de crescimento, o setor de serviços — que inclui turismo e hospitalidade — mostra resiliência surpreendente.

As causas da desaceleração são claras: Juros altos (Selic em 15%) encarecem crédito e desestimulam investimentos; Desvalorização do real (R$6,18 por dólar) pressiona custos e reduz poder de compra e incertezas fiscais e políticas afastam investidores e geram instabilidade.

No meio da crise
Contra todas as expectativas, o turismo brasileiro faturou R$ 108 bilhões no primeiro semestre de 2025, um recorde histórico. Segmentos como transporte aéreo (+10,6%) e alojamento (+12,7%) puxaram esse avanço.

Por que acontece?
Entre as principais causas estão a busca por experiências locais: Com o dólar alto, muitos brasileiros optaram por viajar dentro do país. Realização de eventos e festivais regionais: Incentivados por políticas públicas e parcerias com o setor privado. E ainda a digitalização do setor: Plataformas de reservas, marketing digital e redes sociais ampliaram o alcance de pequenos negócios.

No entanto ainda há riscos à frente. Apesar dos bons números, o setor não está imune. Podemos elencar a informalidade crescente: Muitos empregos gerados são precários, sem garantias trabalhistas, os custos operacionais altos: Mão de obra, transporte e hospedagem estão mais caros e a pressão cambial: Insumos importados e viagens internacionais encarecem, afetando agências e operadoras.

Sindicalismo
Este é o momento ideal para reacender a consciência trabalhadora no turismo e hospitalidade. O ideal é colocar o Sindicalismo como escudo contra a precarização. Com o crescimento do setor, há espaço para exigir melhores condições. Um bom trabalho de mobilização digital e regional, usando os bons resultados como argumento para fortalecer a organização coletiva e estabelecer a narrativa de valorização profissional, mostrando que o sucesso do turismo depende diretamente do trabalho de quem está na linha de frente.

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