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Contribuição Negra na Construção do Brasil

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é um marco nacional que homenageia Zumbi dos Palmares e reconhece a luta, resistência e contribuição da população negra na construção do Brasil. É uma data de reflexão sobre o racismo, valorização da cultura afro-brasileira e reconhecimento da dívida histórica que o país tem com a raça negra.

Origem e História

O Dia da Consciência Negra foi oficializado em 2011 e se tornou feriado nacional em 2023, pela Lei 14.759. A escolha do 20 de novembro remete à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, líder do maior quilombo do Brasil e símbolo da resistência contra a escravidão. A data surgiu como contraponto ao 13 de maio, dia da assinatura da Lei Áurea, para destacar não apenas a abolição formal, mas a luta ativa dos negros pela liberdade. O movimento começou em Porto Alegre, em 1971, com o Grupo Palmares, formado por jovens universitários negros que buscavam valorizar a memória da resistência.

Negros no Trabalho

Durante mais de 300 anos de escravidão, milhões de africanos foram trazidos ao Brasil e forçados a trabalhar em lavouras, minas e construções. O trabalho negro foi fundamental para a economia colonial, sustentando a produção de açúcar, café, ouro e outros pilares da riqueza nacional. Mesmo após a abolição, a população negra continuou a enfrentar exclusão social, mas seguiu contribuindo para o desenvolvimento urbano, cultural e econômico do país. A herança africana está presente em áreas como culinária, música, religião, artes e língua, compondo a identidade brasileira.

Cultural e Social

A cultura afro-brasileira é uma das bases da identidade nacional, com manifestações como o samba, a capoeira e o candomblé. Quilombos históricos e contemporâneos são símbolos de resistência e preservação da ancestralidade.

O feriado busca promover igualdade racial, combater o racismo e valorizar a diversidade que compõe o Brasil.
O Dia da Consciência Negra não é apenas uma celebração, mas um convite à reflexão sobre o passado e o presente. Ele nos lembra que o Brasil é profundamente devedor à raça negra, que construiu com suor, sangue e cultura os alicerces da nação. Reconhecer essa contribuição é essencial para avançarmos rumo a uma sociedade mais justa, plural e igualitária.

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