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Centrais Sindicais Convocam Mobilização Nacional contra tarifa dos EUA

Na sexta-feira, 1º de agosto, entra em vigor a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras. A medida, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, é considerada por diversas centrais sindicais, movimentos sociais e entidades populares como uma ameaça direta à economia nacional, aos empregos e à soberania do Brasil.

Em resposta, uma ampla frente de organizações — incluindo a Nova Central Sindical dos Trabalhadores, a Força Sindical, a UGT, a CTB, a CUT e outras representações — convocou uma mobilização nacional com atos confirmados em várias capitais do país. Em Porto Alegre, o protesto será realizado às 18h, na Esquina Democrática, no centro da cidade.

Convocação Unificada

Durante um ato realizado na Faculdade de Direito da USP, no dia 25 de julho, lideranças sindicais de diferentes centrais conclamaram a classe trabalhadora a se engajar na mobilização. A convocação reforça a importância da unidade diante de medidas que colocam em risco os interesses nacionais.

“É hora de somar forças. Todas as centrais estão mobilizadas para defender o Brasil, seus trabalhadores e sua soberania. A participação de cada sindicato, federação e trabalhador é essencial para o sucesso dos atos do dia 1º de agosto.”

Pautas dos Protestos

Além da denúncia contra a tarifa norte-americana, os atos também levantarão bandeiras de interesse coletivo:

  • Fim da escala 6×1 no trabalho
  • Isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil
  • Taxação dos super-ricos
  • Redução da jornada de trabalho
  • Rejeição ao PL do licenciamento ambiental (“PL da Devastação”)
  • Fim da pejotização irrestrita
  • Fim do genocídio na Faixa de Gaza

Interesses Ocultos

Segundo nota conjunta das centrais sindicais, a tarifa imposta por Donald Trump não se limita a uma retaliação comercial. Trata-se de uma ação política e estratégica, com possível apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por tentativa de golpe de Estado.

Trump, que também enfrentou investigações por tentar reverter os resultados das eleições de 2020 nos EUA, acusou o governo brasileiro de perseguir Bolsonaro. No entanto, analistas apontam que os verdadeiros interesses estão ligados à disputa por:

  • O avanço do sistema de pagamentos Pix, que desafia o domínio financeiro internacional
  • O controle sobre terras raras — minérios essenciais para as indústrias bélica e tecnológica. O Brasil é o segundo maior produtor mundial, atrás apenas da China.

Durante seu mandato, Bolsonaro chegou a oferecer a exploração da Amazônia aos EUA. Seus filhos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, também adotaram discursos alinhados aos interesses norte-americanos, mesmo em detrimento da soberania nacional.

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