De quatro em quatro anos, fevereiro, o segundo mês do ano tem um dia a mais. Deixa de ter 28 e tem 29. E há uma boa razão para isso. Faz parte do calendário gregoriano, que usamos hoje. Ele veio de outros calendários inspirados na rotação da Terra.
Uma volta do planeta em torno do seu eixo equivale a um dia, e uma volta da Terra em torno do Sol equivale a um ano. Para girar em torno de si mesmo, nosso planeta demora 24 horas. Já para dar uma volta completa em torno do Sol, a Terra demora aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.
Por isso nosso ano tem 365 dias, divididos em 12 meses. Mas a adoção deste sistema de contagem de tempo trouxe um problema: o que fazer com as aproximadamente 6 horas que sobravam? Foram os egípcios de Alexandria que, há mais de 2.200 anos, tiveram a ideia de, a cada quatro anos, adicionar um dia a mais ao calendário, para compensar as seis horas restantes (um arredondamento das 5h48m46s).
É só fazer as contas: 6 horas do 1º ano + 6 horas do 2º + 6 horas do 3º + 6 horas do 4º ano = 24 horas. Soma exatamente a cada quatro anos o dia que aparece na folhinha como 29 de fevereiro. E por que o nome bissexto?
O imperador romano Júlio César trouxe a ideia do ano bissexto para o ocidente. Ele até importou um astrônomo para elaborar o novo calendário: o grego Sosígenes. Sosígenes só não sabia em que parte do ano colocar o dia que estava sobrando.
Júlio César ordenou que ele fosse “o dia sexto antes das calendas de março”. Em latim, isso seria dito assim: “bis sextum ante diem calendas martii”.
Mas os chineses, por exemplo, baseiam seu calendário nos movimentos da Lua e dividem o tempo em ciclos de 60 anos. Entretanto o calendário gregoriano é o que foi escolhido para ser universal, reconhecido por todos os povos.