Nas últimas semanas o assunto Imposto de Renda gerou uma série de polêmicas. Seja para a oposição ou para os apoiadores do governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT), a situação é motivo para discussão.
Na campanha para as eleições, e recentemente em reunião com as Centrais Sindicais, Lula disse que vai aumentar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil.
Isentos
Um cálculo feito pela Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), a pedido do UOL, indicam que caso a promessa de Lula fosse cumprida e a faixa de isenção do Imposto de Renda chegasse a R$ 5 mil, 28 milhões de brasileiros ficariam isentos.
Comparado ao número atual de isentos que é de 8,4 milhões, esse resultado toma uma proporção ainda maior.
Sindicalistas
Dia 18 de janeiro o presidente Lula se reuniu com representantes de dez centrais sindicais. Na ocasião o presidente da Nova Central, Moacyr Roberto Auersvald Tesch, pediu ao presidente para rever a reforma no Imposto de Renda, alterando as faixas de renda atuais e aumentando a linha de isentos da cobrança.
O presidente disse concordar que a “lógica” da cobrança do imposto precisa mudar.
Além de defender a isenção para brasileiros que faturam até R$ 5 mil por mês, o chefe da União também afirmou que “ricos devem pagar mais “. A expectativa é de que pelo menos 39,7 milhões de declarações sejam entregues para a Receita Federal nesse ano de 2023.
Quem paga em 2023?
Desde 2015 a tabela do Imposto de Renda não é atualizada, por isso há sete anos quem tem ganho acima de R$ 1.903,98 precisa enviar a declaração e fazer o pagamento do tributo. A Unafisco acredita que seria necessária uma correção de 148,1% para repor as perdas da inflação.
Lula não informou quando a faixa de isenção do imposto vai subir, mas as expectativas são de que essa proposta venha a ser discutida e possivelmente aprovada em 2024. Por hora, fica mantida a cobrança atual com a seguinte tabela:
Para quem trabalha com carteira assinada, o desconto vai acontecer diretamente na folha de pagamento do cidadão. E a partir de 2023 vale para aqueles cujo faturamento fica acima de 1,5 salário mínimos.
Fonte: FDR
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