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Unânime, Câmara de Caxias pede a cassação do vereador xenofóbico

A Câmara de Caxias do Sul – RS tem 90 dias para instrumentar um processo e ouvir a defesa do vereador Sandro Fantinel, que, por unanimidade, decidiu pelo processo de cassação de mandato.

Na terça-feira (28), após acusações de trabalho escravo em vinícolas da região, Fantinel fez um discurso em que criticava trabalhadores baianos e sugeria substituí-los por argentinos.

Ele tentou justificar o trabalho análogo à escravidão, dizendo que os baianos “vivem na praia, tocando tambor” e que, por isso, “era normal que se fosse ter esse tipo de problema”.

O discurso xenofóbico contra os trabalhadores baianos repercutiu em todo o país e por unanimidade a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul (RS) aprovou o pedido para dar início ao processo de cassação. Depois do discurso, Fantinel foi expulso do Patriota, que era seu partido.

Ele também vem recebendo uma série de repúdios do Brasil inteiro, inclusive da CONTRATUH. Tanto que voltou a se manifestar e pediu desculpas pela inoportuna postura, mas não vem convencendo ninguém do seu arrependimento.

Para a cassação, é necessária a aprovação de dois terços dos vereadores. A decisão foi tomada na manhã de quinta-feira (2), em sessão marcada por protestos da comunidade. O processo foi aberto por unanimidade – o presidente da Câmara, pela regra, e o próprio Fantinel, impedido, não votaram.

A comissão que dará seguimento ao processo, está formada pelos vereadores Tatiane Frizzo (PSDB), Felipe Gremelmaier (MDB) e Edi Carlos Pereira Souza (PSB).

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