O Ministério do Turismo está divulgando em suas publicações oficiais que até o fim deste ano de 2022 serão criadas, no Brasil, cerca de 200 mil vagas de empregos no setor.
Isso transparece uma divulgação de tempos eleitorais. O que temos visto, de fato, é uma grande desesperança dos profissionais de turismo e hospitalidade, com a preferência acentuada de busca de atividades alternativas contra esses subempregos em época de crise.
Não são poucas as queixas de profissionais que estão deixando seus empregos ou sendo dispensados. Para compensar correm para informalidade a fim de restaurar as grandes perdas salariais decretadas pela política de desvalorização do salário mínimo e pela preocupação desenfreada no discurso de que “é um sacrifício ser empresário no Brasil”, decantado desde a campanha eleitoral de 2018.
Concluímos que se está difícil para o empresário se manter, imagine para o trabalhador que depende diretamente das vagas e oportunidades oferecidas pelo empresariado. Se o salário mínimo ideal de hoje, analisado pelo Dieese deveria ser de R$ 6.388,55, como sobreviver com os minguados R$ 1.212,00 promulgado pelo atual governo?
A situação é preocupante. O trabalhador precisa, urgentemente, restabelecer seus ganhos e ao menos acompanhar a inflação galopante que nos assola. A Contratuh está atenta e vem intercedendo em favor da classe. Do jeito que está, é inviável. De nada adiantam 200 mil vagas de subempregos. Precisamos salários dignos e a altura do profissionalismo da nossa classe.
Wilson Pereira – presidente