O Tribunal Superior do Trabalho (TST) homologou acordo coletivo que garante reajuste salarial de 5,32% retroativo a junho de 2025, com nova correção pelo IPCA em 2026. A medida incide sobre todos os empregados da Casa da Moeda do Brasil, mas seus efeitos refletem também em setores como turismo e hospitalidade, ao influenciar padrões de negociação coletiva e o poder de compra dos trabalhadores.
Contexto da decisão
O acordo foi firmado entre a Casa da Moeda do Brasil (CMB) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Indústria Moedeira (SNM), após meses de mediação conduzida pelo vice-presidente do TST, ministro Caputo Bastos. A vigência do instrumento normativo vai de 1º de junho de 2025 a 31 de maio de 2027, com abrangência nacional. O reajuste de 5,32% é retroativo a junho de 2025 e, em junho de 2026, haverá nova correção com base no IPCA acumulado.
Impacto direto
Empregados da Casa da Moeda do Brasil em todo o país, abrangendo cargos administrativos, técnicos e funções gerenciais. O acordo também preserva benefícios como auxílio-alimentação e plano de saúde, reforçando a proteção social dos trabalhadores.
Para o trabalhador
Recomposição salarial: o reajuste garante a manutenção do poder de compra frente à inflação.
Segurança jurídica: a homologação pelo TST dá estabilidade às condições pactuadas, evitando greves e disputas judiciais.
Exemplo para outras categorias: acordos desse porte costumam servir de referência em negociações coletivas de setores distintos, como turismo e hospitalidade.
Reflexos no turismo e hospitalidade
Embora o acordo seja específico da Casa da Moeda, ele cria precedentes importantes:
Pressão por reajustes semelhantes: sindicatos de turismo e hospitalidade podem usar o caso como argumento em suas próprias mesas de negociação.
Valorização da mão de obra: trabalhadores de hotéis, restaurantes e agências de viagem, que tradicionalmente enfrentam salários mais baixos, podem reivindicar correções alinhadas ao IPCA.
Impacto no consumo: ao ampliar o poder aquisitivo dos empregados, há efeito indireto sobre setores que dependem do consumo interno, como viagens, hospedagem e lazer.
Competitividade internacional: reajustes vinculados ao IPCA ajudam a manter equilíbrio entre custos trabalhistas e inflação, evitando defasagem que poderia comprometer a competitividade do turismo brasileiro.
Extensivo
A homologação do acordo coletivo pelo TST não se limita a um ajuste interno da Casa da Moeda. Ela sinaliza uma tendência de fortalecimento da negociação coletiva no Brasil, com impacto direto na renda dos trabalhadores e reflexos indiretos em setores estratégicos como turismo e hospitalidade. Para os empregados, significa garantia de reajuste real e manutenção de benefícios; para o mercado, representa um parâmetro de negociação e estabilidade em tempos de inflação elevada.
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