Trabalhadores e empresários, reunidos com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, na sede do Sindicato dos Químicos, em São Paulo, entregaram a ela uma planilha de propostas para o Plano Plurianual (2024-2027). O plano deverá seguir agora ao Congresso Nacional para ser votado até agosto.
“Vocês já fizeram o PPA dos trabalhadores brasileiros”, destacou. O Plano Plurianual da União (PPA) é o principal instrumento de planejamento governamental de médio prazo, que define diretrizes, objetivos e metas, com o propósito de viabilizar a implementação de seus Programas, conforme previsto no artigo 165 da Constituição Federal. Ele também vai orientar o orçamento da União.
Simone Tebet ressaltou ainda que uma das condições para esse apoio foi a elaboração de um projeto de igualdade salarial entre homens e mulheres na mesma função. Já aprovado no Congresso e sancionado por Lula, “agora é com vocês: fiscalização”, discursou a ministra.
Reforma tributária
Simone também pediu apoio de os dirigentes trabalhistas para o Governo conseguir aprovar no Congresso, a Reforma Tributária.
“Sem crescimento não há emprego. Sem emprego não há renda. O Brasil não cresce há três décadas. Como crescer com esse sistema tributário? Só tem uma bala de prata”, disse a ministra, referindo-se a um “lobby legítimo” dos trabalhadores no parlamento. Segundo Tebet, é o único caminho para o país crescer de forma “sustentável e duradoura”.
Mais tarde em entrevistas coletivas ressaltou: “A reforma tributária é discutida há 30 anos. Nunca tivemos um momento tão favorável. A economia está gritando a necessidade, a classe política tem a consciência de que é necessária.” A questão federativa, considerado um entrave no plano, pode ser superado com a garantia de que municípios serão compensados.
No Copom
Durante a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, dia 20, na semana que vem, as Centrais Sindicais farão novo protesto. O crescimento do PIB além da expectativa neste ano e contenção da inflação, criarão um “ambiente de conforto” ao Copom, para que fixe a queda da taxa de juros.
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