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Setor de turismo deve gerar mais de 145 mil vagas de emprego até fim do ano, segundo a CNC

O turismo brasileiro superou o período de perdas imposto pela pandemia da Covid-19, segundo o último indicador do volume de receitas dessas atividades do IBGE. Nos seis primeiros meses do início da pandemia (2020), a queda abrupta da atividade levou o setor a eliminar 469,8 mil formais – um encolhimento equivalente a 12% da força de trabalho nessas atividades.

Após perder o emprego um pouco antes da pandemia, a turismóloga Ana Carla Vieira conseguiu uma recolocação no mercado este ano e voltou a trabalhar no atendimento de clientes da rede hoteleira carioca. Com 20 anos de experiência, Ana Carla comemora a melhora no cenário.

“Estou com muita expectativa porque o mercado está acelerando. Isso é maravilhoso, não só para o hoteleiro, mas para as pessoas que estão procurando emprego também.”

O gerente comercial de um luxuoso hotel localizado na zona sul do Rio, Guilherme Bastos, comemora a abertura de novas contratações e acredita no contínuo crescimento da movimentação de turistas. Para ele, a vacina possibilitou a saída das pessoas de casa.

“As pessoas estão cansadas de estar em casa, estão querendo viajar, conhecer os hotéis, conhecer o destino.”

O setor apresentou recuperação robusta ao recriar 365,1 mil das vagas eliminadas no período da pandemia, com destaque para bares e restaurantes (+271,0 mil) e serviços de hospedagem (+67,4 mil). Desde maio do ano passado, os saldos mensais entre admissões e desligamentos se mostraram positivos, segundo a Confederação.

De acordo com a CNC, nos primeiros quatro meses deste ano, o número de turistas estrangeiros que entraram no país (962) superou em 61% a totalidade dos visitantes que chegaram ao Brasil em 2021, de acordo com o Sistema Internacional de Tráfego da Polícia Federal. Apesar de o fluxo de viajantes ainda não ter sido normalizado, entre janeiro e abril de 2019, por exemplo, 2,24 milhões de turistas estrangeiros cruzaram as fronteiras do Brasil.

Para alavancar o turismo, instituições e representantes do setor formularam uma série de propostas de políticas públicas que foram apresentadas nesta quarta-feira (10) aos candidatos aos governos dos 26 estados do país e do Distrito Federal, durante um evento na sede da instituição, no Rio de Janeiro. O objetivo é estimular a competitividade e o desenvolvimento sustentável de destinos brasileiros. Atualmente, o seguimento é responsável pela geração de 3 milhões de empregos diretos e formais.

O projeto é uma iniciativa da Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e ideia é que as propostas as políticas públicas sugeridas sejam implementadas entre 2023 e 2026.

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