O presidente da Contratuh, Wilson Pereira, assim como vários líderes da classe trabalhadora brasileira, não gostou da manutenção da taxa de juros definida pelo Comitê de Política Monetária – Copom.
Wilson considera que a decisão servirá apenas em conter a alta da inflação, “no entanto é um balde de água fria no crescimento da economia”, devendo prejudicar principalmente a renda do trabalhador, já muito comprometida pelas perdas recentes com a Reforma Trabalhista.
“Vamos sentir muito a falta de novos empregos e salários a altura da competência profissional do nosso trabalhador. Até o poder de consumo será afetado pelas altas desnecessárias e a constante elevação ou manutenção dos juros.”
“Ocorre que poucos brasileiros se beneficiam pela manutenção dos 13,75%. É uma boa notícia para quem tem mais dinheiro”, diz Wilson.
A classe mais abastada lucra com recursos aplicados em fundos de investimentos, títulos de crédito bancário ou títulos da dívida pública. “O rendimento desse tipo de aplicação é estimulado pela Selic”, frisa.
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), estima que menos de 10% da população têm investimentos que renderão com a decisão do Copom.
A maioria dos brasileiros não tem dinheiro em bancos ou títulos. Neste caso são 61% do total, segundo a Anbima.