O salário mínimo no Brasil passará de R$ 1.518 para R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026, um reajuste de 6,8%. O novo valor será sentido no bolso dos trabalhadores e aposentados já nos pagamentos de fevereiro.
O Ministério do Planejamento e Orçamento oficializou que o salário mínimo de 2026 será de R$ 1.621, representando um aumento de R$ 103 sobre o valor atual. O cálculo segue a regra que combina a inflação medida pelo INPC (4,18%) e o crescimento do PIB de dois anos antes (3,4%), limitado pelo arcabouço fiscal a um ganho real máximo de 2,5%.
Esse reajuste, embora positivo, ficou abaixo da previsão inicial do governo, que estimava R$ 1.627 na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Impactos diretos
Trabalhadores com carteira assinada: terão seus contratos reajustados automaticamente, já que o piso nacional é referência obrigatória.
Aposentados e pensionistas do INSS: todos que recebem o mínimo terão seus benefícios corrigidos para R$ 1.621.
Benefícios sociais: programas como o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também seguem o valor do salário mínimo.
Na prática, o ganho líquido será menor, pois há descontos obrigatórios como a contribuição ao INSS. O salário mínimo líquido em 2026 deve ficar em torno de R$ 1.499,42.
Últimas evoluções
O salário mínimo tem sido corrigido anualmente pela inflação e pelo crescimento da economia.
Em 2023, o valor foi de R$ 1.302.
Em 2024, passou para R$ 1.412.
Em 2025, chegou a R$ 1.518.
Agora, em 2026, alcança R$ 1.621.
Essa trajetória mostra reajustes modestos, sempre acima da inflação, mas ainda muito distantes do valor considerado ideal pelo Dieese, que calcula que o mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser superior a R$ 7.000.
O ganho
O aumento de R$ 103 pode parecer pequeno, mas tem impacto significativo porque o salário mínimo serve de base para mais de 60 milhões de brasileiros entre trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais. Cada reajuste pressiona as contas públicas, já que eleva gastos obrigatórios, mas também garante maior poder de compra para quem depende exclusivamente desse piso.
Lado positivo
O novo salário mínimo de R$ 1.621 em 2026 simboliza mais um passo na política de valorização do piso nacional, ainda que limitado pelas regras fiscais. Para o trabalhador, aposentado ou beneficiário de programas sociais, o reajuste representa um alívio diante da inflação acumulada, mas continua distante da realidade do custo de vida. O desafio segue sendo equilibrar as contas públicas com a necessidade de garantir dignidade a quem vive com o mínimo.
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