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Sabino fica no Ministério, mas deve ser expulso do partido

O ministro do Turismo, Celso Sabino, seguirá no comando da pasta, mesmo após ser afastado das funções partidárias pelo União Brasil e enfrentar um processo que pode resultar em sua expulsão da legenda. A decisão foi tomada pela executiva nacional do partido nesta quarta-feira (8), como resposta ao descumprimento de orientações internas, incluindo o ultimato para que filiados deixassem cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Sabino, que ocupa posições na executiva e no diretório nacional do União Brasil, foi o único a votar contra seu próprio afastamento. Ele também perdeu o controle do diretório estadual do partido no Pará, cuja gestão será redefinida pela cúpula nacional.

O processo disciplinar, aberto no fim de setembro, acusa o ministro de infidelidade partidária por permanecer no governo após o prazo estipulado pela legenda. Sabino chegou a anunciar que pediria demissão, mas recuou e manteve sua posição, participando inclusive de agendas com Lula em Belém (PA), onde declarou apoio ao presidente.

Em entrevista após a reunião, Sabino criticou a postura do partido, classificando as decisões como “equivocadas e açodadas”. Ele também ironizou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, vice-presidente da sigla e um de seus principais críticos.

O ministro afirmou que pretende permanecer no cargo até abril de 2026, quando deverá se desincompatibilizar para disputar uma vaga ao Senado pelo Pará. Segundo ele, o apoio de Lula será estratégico para sua candidatura, especialmente diante da realização da COP30 em Belém.

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