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Respeito ao trabalhador

Já vimos pesquisando em Cascavel e na região Oeste do Paraná há alguns anos, o quadro de trabalhadores que atuam em várias empresas do nosso ramo sindical, que jamais se filiaram ou têm qualquer vínculo com as entidades representativas da classe. O que se nota é uma resistência, não apenas do trabalhador em si, mas existe um estímulo de alguns empresários para que isso não se consolide. E esta questão antissindical nos preocupa sobremaneira.

Todos sabem que há uma legislação específica sobre a postura antissindical e que o antissindicalismo é mais uma das tantas causas que afetam a união de classe. O trabalhador vem sendo iludido de quem não contribuindo com a sua entidade sindical ele estará economizando alguns trocados no seu orçamento.

Mesmo que isso represente quase nada, monetariamente, é um prejuízo enorme para quem cedo ou tarde vai deparar com uma demissão, a necessidade de um confronto patronal ou até mesmo quando perder seus direitos inalienáveis e tiver que agir sozinho, contratando advogado, buscando formas legais para receber aquilo que tem direito, mas que ficou escondido durante todo o seu tempo de trabalho.

A propaganda nociva que se faz contra o movimento sindical, desestimulando o vínculo com a representação, é mais um dos tantos subterfúgios de alguns patrões mal-intencionados usam para evitar o fortalecimento dos seus empregados, na luta por aumentos, direitos cortados, como gorjetas, segurança e outros benefícios comuns.

Nesta minha gestão, pois até agora vinha cumprindo um mandato tampão, pretendo dar termos a muitas discussões sobre o valor do trabalhador, seus direitos, sua qualificação profissional e estimular a juventude que vem sendo usada em suas primeiras experiências, pouco entendendo e exigindo dos direitos trabalhistas.

O propósito é de harmonia com os empresários, mas de defensa muito responsável quanto aos direitos dos trabalhadores. A boa convivência é salutar, mas não abriremos mão do reconhecimento e da valorização do labor. A contribuição assistencial, mesmo que pequena, é fundamental para nossa sobrevivência como entidade de classe. E por ela daremos o máximo empenho, exigindo respeito, dignidade e consideração.

O trabalhador que for desestimulado a contribuir com o sindicato, venha nos visitar, conhecer nosso trabalho e saber que benefícios que ele merece. Cumprir o trabalho com obrigação, responsabilidade e zelo, mas merecer tudo o que a lei lhe reserva, sem enganos, sem mentiras, sem desrespeito.

O patrão que lhe dá o emprego e bate no peito que o faz, tem que honrar todos os ditames legais. Senão estará te enganando, fazendo do teu trabalho uma espécie de escravagismo. Consulte seus direitos, informe-se no seu sindicato. E se você achar que a representação não lhe fará bem, é de lei que você opte pela oposição sindical. E isso nós respeitamos!

 Clédison Rocha é presidente do SECHOSVEL, sindicato que representa os trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meios de Hospedagem, Restaurantes Gastronomia, Alimentação Preparada, Condomínios, Imobiliárias e Turismo e Hospitalidade de Cascavel-PR e Região

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