O senador Paulo Paim (PT-RS) citou, nesta sexta-feira (8) em Plenário, reportagem publicada pela BBC Brasil sobre a recessão no Brasil. Com base em dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a matéria aponta a perda de 17% na renda da metade mais pobre da população entre 2014 e 2019. Em sua opinião, são números preocupantes que evidenciam a perda do poder de compra da camada da sociedade menos favorecida.
Em contrapartida, acrescentou, nesse mesmo período a renda do 1% mais rico, algo próximo a 21 milhões de pessoas que ganham entre R$ 5.911 e R$ 11.780, cresceu 10,11% e a renda dos 10% mais ricos subiu 3% no mesmo período. Enquanto isso, os mais pobres, aproximadamente 105 milhões de brasileiros, vivem com meio salário mínimo, ou R$ 425.
— O Brasil é o país do mundo que tem a maior concentração de renda; está em primeiro ou segundo lugar. […] Agora temos — e eu levantei minhas preocupações sobre isto —, reforma da Previdência, redução de investimento em saúde e educação, desemprego de 12,5 milhões, salário mínimo congelado — analisou Paim.