Nesta sexta-feira, 20/9, a sindicalista Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde-DF foi detida durante uma manifestação legítima em frente ao Palácio Buriti, onde trabalhadores protestavam pela ausência de compromisso do Secretário de Economia, Ney Ferraz, que havia prometido apresentar uma proposta concreta para a categoria na terça-feira, dia 17 de setembro. No entanto, ignorou completamente os trabalhadores, frustrando as expectativas e as negociações. Em resposta a essa postura, o SindSaúde agendou a paralisação, visando garantir melhores condições de trabalho e uma remuneração justa para os servidores da saúde do DF.
Já solta, Marli expôs nas redes sociais a sua indignação: “vivi a angustiante experiência de ser presa indevidamente durante uma manifestação pacífica em prol dos direitos dos trabalhadores da saúde do DF. Exercendo minha função de presidente do SindSaude-DF à frente da paralisação de servidores fui detida sob alegação de desobediência, fato que não ocorreu. Estava calma, desarmada, tranquila e me manifestando pacificamente quando recebi voz de prisão, rapidamente fui cercada por homens da PMDF e conduzida à delegacia para prestar depoimento. Horas depois, graças aos meus advogados e apresentação dos fatos, fui liberada e estou bem.”
Repúdio
Pela prisão, além das manifestações às centenas, na rede social da presidente o SindSaúde-DF, pelos seus demais diretores, soltou uma nota oficial, externado “seu repúdio à ação arbitrária da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que, na manhã de hoje, deteve a presidente do sindicato, Marli Rodrigues, durante uma manifestação legítima em frente ao Palácio do Buriti… na madrugada, o sindicato foi notificado com uma multa diária no valor de R$ 300 mil, caso realizasse a paralisação. Apesar das tentativas de intimidação, a entidade manteve sua mobilização, em defesa dos direitos dos servidores.
A prisão de Marli Rodrigues, justificada pela alegação de desobediência, ocorreu em meio a um ato pacífico e legítimo. O SindSaúde condena veementemente essa atitude da PMDF, que representa uma afronta ao direito constitucional de manifestação e à luta dos trabalhadores.”
Por sua vez Marli expressou que “este ato de resistência é fundamental não apenas para reivindicar a valorização e dignidade da nossa classe, mas também para reafirmar a importância do diálogo entre o governo e os sindicatos trabalhistas. Precisamos de um espaço aberto para discutir nossas demandas e garantir direitos. Juntos, não permitiremos que tentativas de silenciamento nos afastem da luta por justiça e respeito para todos os trabalhadores da saúde! Vamos seguir, juntos e firmes pela valorização dos servidores públicos da saúde! “
O presidente da Contratuh, Wilson Pereira apresentou sua solidariedade a SindeSaúde e a sua presidenta, destacando que “a Confederação é solidária às manifestações do Sindicato e contra toda e qualquer ação que vise restringir ou intimidar o Movimento Sindical. Condenamos o anti-sindicalismo e fazemos coro às manifestações de diálogo e plena negociação de direitos trabalhistas de qualquer ordem”.
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