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Pejotização ameaça o tecido social, alerta presidente do TST

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, afirmou que a pejotização irrestrita pode causar uma ruptura no tecido social brasileiro. Em entrevista ao JOTA, ele destacou os riscos de desassistência aos trabalhadores e o enfraquecimento da seguridade social.

Alertas do ministro:

  • Desmonte da proteção social: A pejotização compromete o FGTS, o Sistema S e programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida.
  • Previdência em risco: Sem contribuição patronal, a sustentabilidade da Previdência Social fica ameaçada.
  • Desigualdade contratual: Equiparar trabalhadores precarizados a empreendedores é uma “regressão histórica”.

Condições dos entregadores de aplicativo:

Vieira de Mello Filho relatou ter ficado “chocado” com os relatos de moto entregadores sobre subordinação ao algoritmo e riscos de acidentes. Comparou a rotina desses trabalhadores a “uma batalha em Gaza” e defendeu uma regulação legislativa que garanta direitos como jornada, remuneração e previdência.

Propostas e visão:

  • CLT digital: Propõe uma legislação adaptada às novas formas de trabalho, preservando a proteção social.
  • Justiça do Trabalho fortalecida: Critica a tentativa de transferir a análise de vínculos para a Justiça comum, considerando isso um retrocesso.
  • Governança judicial: Pretende acelerar julgamentos de temas repetitivos e dar visibilidade aos trabalhadores invisibilizados.

Julgamentos em pauta:

O presidente do TST revelou que há temas próximos de julgamento, como:

  • Contribuição assistencial
  • Comum acordo
  • Honorários

Segundo ele, os votos dos relatores já estão encaminhados e há um esforço para equilibrar as matérias. “A ideia é investirmos muito no julgamento dos recursos repetitivos”, afirmou.

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