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Para proteger mulheres, UNI lança campanha pedindo ratificação de Convenção da OIT

O Departamento de Igualdade de Oportunidades da UNI está lançando uma campanha de 16 dias que destacará a histórica Convenção da OIT 190 (C190), sobre violência e assédio no mundo do trabalho, que foi assinada em junho de 2019. O objetivo é apresentar uma forte perspectiva de gênero com o objetivo de proteger todas as mulheres do mundo no local de trabalho.

No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito! Para que a Convenção entre em vigor, deve ser ratificada pelos Estados Membros. A UNI uniu forças com outras federações sindicais globais (IndustriALL, IUF, FIP, FITH e ISP) para conduzir a ação de todos os sindicatos afiliados para ajudar nos esforços mais amplos de ratificação.

Juntos, os sindicatos estão pressionando governos de todo o mundo a ratificarem esta convenção histórica e uniram forças para tornar realidade a eliminação da violência e do assédio no local de trabalho.

A CONTRATUH, parceira de lutas da UNI, entidade que somos filiados, apoia esta iniciativa compartilhando o material e informações, garantindo que a chamada seja ouvida alta e clara também no Brasil. Os 16 dias de ativismo da UNI culminarão no Dia dos Direitos Humanos (10 de dezembro) e se concentrarão nos diferentes elementos que compõem este acordo inovador. Você pode encontrar todos o materiais acessando o site: www.breakingthecircle.org

Esta convenção inovadora pode mudar vidas. É a primeira vez na história que um instrumento jurídico internacional protege os trabalhadores de todas as formas de assédio e violência no trabalho.

Enquanto pressionamos a ratificação do acordo, os sindicatos não precisam esperar para usá-lo. Os sindicatos podem implementar o C190 em acordos coletivos e acordos globais para promover melhores proteções. É um primeiro passo para ver a violência e o assédio como mais do que apenas um problema de saúde e segurança no local de trabalho. É uma epidemia global que deve ser erradicada. Os sindicatos fazem parte da solução e esperamos que esse acordo se torne uma ferramenta mundialmente aceita na luta contra a violência e o assédio no mundo do trabalho. Também defendemos a Recomendação 206, que visa complementar o acordo e inclui a violência doméstica como um elemento de violência que afeta o local de trabalho, pois afeta não apenas o bem-estar dos trabalhadores, mas também prejudica as condições e a produtividade do local de trabalho.

Segundo as estatísticas da ONU, 818 milhões de mulheres em todo o mundo sofreram violência sexual ou física em casa, em suas comunidades ou no local de trabalho. Mais de um em cada três países não possui leis contra o assédio sexual no local de trabalho e estima-se que 235 milhões de mulheres permanecem desprotegidas. A Convenção 190 e a Recomendação 206 da OIT podem mudar vidas! Junte-se a nós! Juntos somos fortes!

 

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