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Palestra sobre Sindicatofobia foi aula de defesa do trabalhador

Convidado da Contratuh para palestrar nos Seminários Regionais, o recém-eleito presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), José Reginaldo Inácio, foi um dos palestrantes dos Seminários Regionais, na versão unificada realizada na última quinta-feira, 26/9, pela rede virtual. Ele causou uma impressionante satisfação em todos os participantes, que fizeram todos os tipos de elogios à sua exposição.

Ele escolheu como tema o anti-sindicalismo latente hoje em todo o Brasil e que se tornou um difusor do ódio, repugnância e resistência ao movimento sindical nacional. Mas ele foi muito enfático ao alertar: “Sem o direito sindical não há sobrevivência aos demais direitos”, lembrando que a prática sindicalista nada mais é do que a união do lado frágil que representa o trabalhador.

Para José Reginaldo, a finalidade do trabalho de base é “anunciar a convivência solidária como alternativa à ganância, à competição e à dominação”. E frisa: “É despertar a dignidade das pessoas e a confiança nos seus valores e seu potencial. A pessoa se torna feliz e perigosa quando começa a ser protagonista e andar com os próprios pés”.

Ele fez comparativos importantíssimos também entre a produção legislativa nacional contra o trabalho de formiguinha dos sindicatos e a relação de direitos através do trabalho coletivo-individual e o sindicalismo.

Numa de suas citações lembrou a renomada filósofa espanhola Adela Cortina, por suas contribuições à ética, filosofia política e ética aplicada, destacando-se pelo compromisso com a justiça: “diz-se do ódio, repugnância ou hostilidade ante o sindicato ou ao sindicalista, a liderança que representa as classes operárias (trabalhadores em geral), empregados ou não, prioritariamente, aos explorados na sua degradante condição de pobreza, miséria, pois se encontram detidos no desemprego, na informalidade, na intermitência e ou no desalento”.

Eleições

O ano eleitoral e o que ele representa para o movimento sindical também foi muito bem lembrado, chamando a atenção para o fato de “as eleições são o momento da organização e da ordem” e por isso é que há um grande plano de assédio eleitoral em todas as esferas do relacionamento entre patrão e empregado. A pouca representatividade política que o movimento sindical tem hoje é uma das questões agravantes. Lembra que nosso parlamento é composto, em sua grande maioria de representantes da classe econômica e política empresarial, contra pequenos núcleos trabalhistas, em que pese termos hoje na presidência do país, o maior líder sindicalista nacional, o presidente Lula.

José Reginaldo fez sacudir as visões dos dirigentes que participaram do encontro e o presidente Wilson Pereira, da Contratuh e Moacyr Auersvald, presidente da Nova Central, aprovaram em todo o conteúdo colocado aos representantes do sindicalismo. “Precisamos cada vez mais fortalecer essas ideias e compartilhar com nossos companheiros, atualizando diuturnamente essas filosofias, pois só assim teremos uma classe forte e representada a altura do que significa o movimento sindical”, destacou Wilson.

Outros temas

O encontro serviu também para tratar da Tecnologia da Informação, tema que vem se repetindo nos encontros da Contratuh, além de um repleto índice de informações sobre questões que estão em debate à nível parlamentar, jurídico e de sustentabilidade das entidades sindicais, bem como sobre as ferramentas para esta sustentabilidade.

Jonas Dutz e Stefan Fellipe Klemz, da Direta Sistemas, estiveram mais uma vez falando sobre esta empresa especializada em tecnologia de informação, mostrando vários produtos que atendem o movimento sindical e que facilitam a administração do setor, utilizando de plataformas e até inteligência artificial para controlar cadastros e meios de proteção antivírus que eliminam uma série de dificuldades que muitas vezes atormentam a administração de pequenos e até gigantescas unidades sindicais.

A forma de credenciamento, de preenchimento de cadastros e a utilização para fins de divulgação e imediato contato com toda a rede de filiados, que pode ser administrada até de um simples celular, facilitando ao máximo o intercâmbio entre a cúpula sindical, filiados e seus familiares.

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