A pandemia de covid-19 continua a causar estragos sobre o emprego em todo o mundo e um retorno aos níveis pré-crise pode levar anos, alertou a ONU nesta segunda-feira (17).
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi forçada a revisar em forte queda sua previsão para uma recuperação do mercado de trabalho este ano, em particular devido ao impacto das variantes delta e ômicron, que atingiram duramente a grande maioria dos países.
Agora, prevê um déficit geral em horas trabalhadas equivalente a 52 milhões de empregos em tempo integral em comparação com o quarto trimestre de 2019. Isso é o dobro do que a organização ainda estava prevendo em maio de 2021, de acordo com o relatório sobre tendências 2022 publicado hoje.
“Já estamos vendo danos potencialmente duradouros no mercado de trabalho e estamos testemunhando um aumento preocupante da pobreza e da desigualdade”, ressaltou Ryder, dando o exemplo de “muitos trabalhadores que estão sendo forçados a mudar para novos tipos de empregos”, como no turismo e nas viagens internacionais, duramente atingidos pelas restrições sanitárias.
A taxa de desemprego oficial permanece mais alta do que antes da pandemia e deve seguir acima até pelo menos 2023.
O número de desempregados para 2022 é estimado pela OIT em 207 milhões (5,9%), contra 186 milhões em 2019.
Em 2022, a taxa geral de atividade deve permanecer 1,2 ponto percentual menor do que em 2019, estima a organização.
Mas, sobretudo, ressalta que a crise sanitária – que já provocou, segundo dados oficiais, mais de 5,5 milhões de mortes e custou bilhões de dólares – tem efeitos muito mais severos do que os números oficiais, porque não incluem pessoas que deixaram o mercado de trabalho.
– Anos para se recuperar –
“Não vamos nos recuperar desta pandemia sem uma recuperação de longo alcance no mercado de trabalho. E para ser sustentável, essa recuperação deve ser baseada nos princípios do trabalho decente, incluindo saúde e segurança, igualdade, proteção social e diálogo social”, advertiu Ryder.
De acordo com o relatório, a América do Norte e a Europa mostram os sinais mais fortes de recuperação, ao contrário do Sudeste Asiático, América Latina e Caribe.
No nível nacional, a OIT aponta que “a recuperação do mercado de trabalho é mais forte nos países de alta renda, enquanto é mais fraca nas economias de renda média-baixa”.
“O impacto desproporcional da crise sobre o emprego das mulheres provavelmente persistirá nos próximos anos”, continua o relatório, observando que o fechamento de escolas – às vezes por períodos muito longos – “terá implicações em cascata” entre os jovens, especialmente aqueles que não tem acesso à internet.
Para Guy Ryder, “sem um esforço concertado e políticas eficazes em nível internacional e nacional, é provável que alguns países levem anos para reparar os danos”, com consequências a longo prazo “para a taxa de participação, rendimento das famílias, mas também para a coesão social e até política”.
Agora, prevê um déficit geral em horas trabalhadas equivalente a 52 milhões de empregos em tempo integral em comparação com o quarto trimestre de 2019. Isso é o dobro do que a organização ainda estava prevendo em maio de 2021, de acordo com o relatório sobre tendências 2022 publicado hoje.
“Já estamos vendo danos potencialmente duradouros no mercado de trabalho e estamos testemunhando um aumento preocupante da pobreza e da desigualdade”, ressaltou Ryder, dando o exemplo de “muitos trabalhadores que estão sendo forçados a mudar para novos tipos de empregos”, como no turismo e nas viagens internacionais, duramente atingidos pelas restrições sanitárias.
A taxa de desemprego oficial permanece mais alta do que antes da pandemia e deve seguir acima até pelo menos 2023.
O número de desempregados para 2022 é estimado pela OIT em 207 milhões (5,9%), contra 186 milhões em 2019.
Em 2022, a taxa geral de atividade deve permanecer 1,2 ponto percentual menor do que em 2019, estima a organização.
Mas, sobretudo, ressalta que a crise sanitária – que já provocou, segundo dados oficiais, mais de 5,5 milhões de mortes e custou bilhões de dólares – tem efeitos muito mais severos do que os números oficiais, porque não incluem pessoas que deixaram o mercado de trabalho.
– Anos para se recuperar –
“Não vamos nos recuperar desta pandemia sem uma recuperação de longo alcance no mercado de trabalho. E para ser sustentável, essa recuperação deve ser baseada nos princípios do trabalho decente, incluindo saúde e segurança, igualdade, proteção social e diálogo social”, advertiu Ryder.
De acordo com o relatório, a América do Norte e a Europa mostram os sinais mais fortes de recuperação, ao contrário do Sudeste Asiático, América Latina e Caribe.
No nível nacional, a OIT aponta que “a recuperação do mercado de trabalho é mais forte nos países de alta renda, enquanto é mais fraca nas economias de renda média-baixa”.
“O impacto desproporcional da crise sobre o emprego das mulheres provavelmente persistirá nos próximos anos”, continua o relatório, observando que o fechamento de escolas – às vezes por períodos muito longos – “terá implicações em cascata” entre os jovens, especialmente aqueles que não tem acesso à internet.
Para Guy Ryder, “sem um esforço concertado e políticas eficazes em nível internacional e nacional, é provável que alguns países levem anos para reparar os danos”, com consequências a longo prazo “para a taxa de participação, rendimento das famílias, mas também para a coesão social e até política”.