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Nova Central SP debate a discriminação a idosos no trabalho

O Etarismo (a discriminação, o preconceito e os estereótipos baseados na idade de uma pessoa) e a realidade de pessoas idosas no mercado de trabalho que, muitas vezes, são excluídas de vagas de emprego por preconceitos e estereótipos negativos por não serem jovens, foi o tema do engenheiro de segurança no trabalho, Marcelo de Lima, em palestra, na Nova Central Sindical de Trabalhadores no Estado de São Paulo (NCST/SP).

O desafio para enfrentar este problema deve ser prioridade do movimento sindical, pois este fenômeno que, quase sempre, passa despercebido, precisa da conscientização da população sobre os direitos dos idosos e uma mudança cultural, valorizando e respeitando essa parcela da sociedade, tão importante.

“Lamentavelmente o etarismo, também conhecido como ageísmo ou idadismo, envolve estereótipos e uma visão preconceituosa em relação as pessoas.  Presenciamos esta realidade em diversos aspectos da vida dos idosos no Brasil. Por exemplo no mercado de trabalho são preteridos. Isso ocorre apesar das experiências, habilidades e conhecimentos valiosos que muitos idosos possuem e poderiam compartilhar”, destacou.

Para Marcelo “a discriminação e o preconceito contribuem para a “segregação” e estão vinculados a padrões sociais estabelecidos na sociedade, como a valorização da produtividade e da juventude, bem como o acesso desigual às novas tecnologias. Ou seja, se baseia na ideia de que a idade avançada é um fator negativo ou inferior, que provoca exclusão social.”

Ele lembrou também que “pode se manifestar de várias maneiras, tanto em níveis individuais quanto estruturais. No nível individual, pode ocorrer por meio de comentários depreciativos, ridicularização, marginalização ou tratamento desrespeitoso em relação a pessoas mais velhas. Isso pode acontecer em ambientes pessoais, sociais ou profissionais, incluindo interações cotidianas, no mercado de comentários depreciativos, ridicularização, marginalização ou tratamento desrespeitoso em relação a pessoas mais velhas.”

Já em “níveis estruturais, se reflete em políticas, práticas e normas sociais que limitam ou negam oportunidades e direitos às pessoas idosas. Isso pode incluir a falta de acessibilidade em espaços públicos, discriminação no mercado de trabalho, estereótipos negativos nas representações midiáticas, falta de cuidados de saúde adequados e restrições nas esferas política e cultural.”

“Depender da situação, pode ser considerado um crime de injúria quando alguém tem sua honra ou dignidade prejudicada, porém, isso é aplicável apenas quando se trata de pessoas idosas com 60 anos ou mais. Com o envelhecimento da população será preciso investir cada vez mais em qualidade de vida, e tratar esta parcela da população com mais atenção e respeito”, alertou Marcelo.

Fonte: Ascom NCST-SP

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