Apesar de ser uma fase de avaliação e planejamento para o próximo G-20, que vai acontecer no Brasil, em Belém do Pará, os resultados alcançados no Labour-20, de Fortaleza, no Ceará, prometem boas perspectivas de um excelente relacionamento mundial nos âmbitos sindicalista e trabalhista. Esta é a avaliação que trazem na bagagem o presidente da Nova Central, Moacyr Auersvald; o presidente da Nova Central Paraná, Denilson Pestana e a secretária para Assuntos da Mulher da NCST, Sonia Zerino, que estiveram em todos os debates.
O G20 é composto por 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia. Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial.
Mundo do trabalho
Foram várias rodadas de negociação estabelecendo documentos, princípios preparatórios e fixando o futuro das ações a serem desenvolvidas no G-20. No último dia foram fechados os acordos entre trabalhadores, empresários e governo.
Segundo Moacyr Auersvald, da Nova Central, um dos pontos mais positivos foi com relação a situação dos brasileiros que estão nos Estados Unidos, a grande maioria dos trabalhadores na informalidade ou exercendo atividades de trabalho considerado desqualificado. “Estamos acertando entendimentos para que estes trabalhadores, além de receberem melhor tratamento do empresário local, possam também participar de programas de qualificação dentro da realidade norte-americana. O importante é que tenham trabalho e salário dignos e que sejam reconhecidos na sua condição de cidadãos, já que muitos estão perto da extradição e das ameaças constantes do setor público, já que aqui no Brasil todos são tratados em forma de igualdade”, disse Moacyr.
Tudo verde
Há um pensamento generalizado entre os povos laborais e empresariais, pelo que ficou claro no encontro, de se pensar numa economia verde, sustentabilidade e emprego verde. E também que as práticas predatórias do passado estão ultrapassadas e precisam ser corrigidas, não deixando ninguém para trás.
“Apesar do pensamento uniforme para o futuro, vemos que hoje nem tudo está tão verde, nem azul. As dificuldades em negociações, organizações e até no relacionamento com os governos dependem de boa vontade e maior aproximação para as negociações. Isso precisa ser corrigido e esbarra naquilo que eu frisei no meu discurso inicial e que precisa ser enfadonhamente repetido: o trabalhador também precisa globalizar, nossos sindicatos precisam estar globalizados. Nossas dificuldades são semelhantes e precisam de soluções muito bem alinhadas”, concluiu o presidente da Nova Central.
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